Israel diz que forneceu combustível para hospital na cidade de Gaza, mas que Hamas não autorizou

De acordo com as tropas israelenses, os soldados do país colocaram galões de combustível em uma área próxima ao hospital no enclave palestino, conforme havia sido combinado com a direção do hospital

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Por Redação

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que forneceram 300 litros de combustível ao Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, por conta de “fins médicos urgentes”, mas que o grupo terrorista Hamas impediu o centro médico de receber os estoques.

Segundo as tropas israelenses, os soldados do país colocaram galões de combustível em uma área próxima ao hospital no enclave palestino, conforme havia sido combinado com a direção do hospital.

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O exército israelense publicou uma ligação entre um oficial de Israel e um funcionário do ministério da Saúde de Gaza, que afirma que Yousef Abu-Al Rish, vice-ministro da saúde em Gaza, proibiu o hospital de receber o combustível.

As forças israelenses acusam o Hamas de ter a sua principal base de operações embaixo do Hospital al-Shifa e apelou aos civis palestinos no norte do enclave para que se deslocassem para o sul.

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Ministério acusa Israel de cerco a hospitais

Munir al-Bursh, diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza, disse que o Hospital al-Shifa está cerca pelas forças israelenses “de todos os lados”.

“A realidade é muito amarga”, disse Bursh. “As próximas horas são muito perigosas.” O funcionário do ministério da Saúde do enclave palestino afirmou que Israel atingiu geradores elétricos, uma estação de oxigênio, poços de água, parte da unidade de terapia intensiva, um andar da maternidade e outro prédio do complexo hospitalar.

As Forças de Defesa de Israel negaram ter cercado e atacado o hospital ou ter como alvo civis. As tropas afirmam que os terroristas do Hamas dentro do complexo são os alvos.

Civis palestinos esperam por tratamento no hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, Faixa de Gaza  Foto: Khader Al Zanoun/AFP

Bursh disse que devido à falta de oxigênio, três dos 38 bebês prematuros do hospital morreram no sábado, 11. “O restante apresenta complicações graves como vômitos, diarreia e resfriados”, disse ele.

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Dezenas de corpos estão em frente ao hospital, segundo Bursh, porque a equipe não consegue recolhê-los com segurança. Outros corpos estavam apodrecendo e infestados de vermes porque o necrotério não é mais refrigerado, disse ele.

Há cerca de 1.500 pacientes no hospital, segundo o funcionário. Bursh afirmou que depois que o oxigênio suplementar foi cortado, a equipe rapidamente transferiu os bebês da unidade de terapia intensiva neonatal para a unidade de terapia intensiva geral.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou Israel neste domingo contra o envolvimento em combates em hospitais na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que concordou com as alegações israelenses de que o grupo terrorista Hamas utiliza essas instalações civis para proteger os seus combatentes e armazenar as suas armas.

Tanques israelenses cruzam a fronteira para a Faixa de Gaza  Foto: Fadel Senna/AFP

“Os Estados Unidos não querem ver tiroteios em hospitais, onde pessoas inocentes, pacientes que recebem cuidados médicos, são apanhados no fogo cruzado”, disse Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional de Biden, em uma entrevista no programa “Face the Nation” da CBS. “E tivemos consultas ativas com as forças de defesa israelenses sobre isso.”

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A organização humanitária Crescente Vermelho afirmou que o Hospital Al-Quds, o segundo maior centro médico da Cidade de Gaza, não estava mais funcionando por conta de cortes de energia e escassez de combustível.

O Crescente Vermelho afirmou no sábado que tanques e veículos militares israelenses cercaram o Hospital Al-Quds e estavam bombardeando o prédio.

“A cessação dos serviços ocorre por conta do esgotamento do combustível disponível e da falta de energia”, afirmou a organização em um comunicado, acrescentando que os trabalhadores médicos estão “fazendo todos os esforços para prestar cuidados aos pacientes e feridos”./NY Times e W.Post

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