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Israel diz que ‘não bloqueará a entrada de ajuda humanitária’ do Egito em Gaza

Anúncio ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, visita Israel em meio à crescente pressão sobre a situação humanitária na região

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Por Redação

O governo israelense afirmou que não bloqueará a entrada de ajuda humanitária do Egito na sitiada Faixa de Gaza, após a pressão de seus aliados internacionais para que a ajuda chegue aos civis palestinos no território.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, anunciou a decisão em um comunicado na quarta-feira, durante uma visita do presidente dos EUA, Joe Biden.

O presidente dos Estados Unidos. Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante encontro em Tel Aviv Foto: Brendan Smialowski / AFP

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“À luz da exigência do presidente Biden, Israel não impedirá o fornecimento de ajuda humanitária do Egito, desde que se trate apenas de alimentos, água e medicamentos para a população civil no sul da Faixa de Gaza”, diz o comunicado.

A decisão segue a crescente pressão internacional, inclusive dos Estados Unidos, pedindo que a assistência humanitária entre em Gaza, onde centenas de milhares de residentes foram deslocados em meio a constantes ataques aéreos israelenses.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, diz que o deslocamento forçado de palestinos por Israel “não pode ser implementado.”

No comunicado, Israel, no entanto, reforça que não permitirá entrada de suprimentos a Gaza a partir de seu território. “Israel não permitirá nenhuma ajuda humanitária de seu território para a Faixa de Gaza enquanto nossos reféns não forem devolvidos”, diz a nota.

Israel instituiu um cerco completo a Gaza, cortando o acesso a alimentos, água, eletricidade e combustível para os 2,3 milhões de habitantes da faixa.

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Ainda não está claro quando a ajuda começará a entrar em Gaza pela passagem de Rafah, que, segundo o Egito, foi danificada pelos ataques aéreos israelenses.

Cerca de 5.000 pessoas foram mortas desde o início dos combates entre Israel e o grupo armado palestino Hamas, que lançou um ataque ao sul do território do país em 7 de outubro que, segundo as autoridades israelenses, matou pelo menos 1.400 pessoas, a maioria civis.

Segundo Israel, cerca de 4.475 pessoas também ficaram feridas e quase 200 foram levadas em cativeiro pelo Hamas.

Israel respondeu com o bombardeio mais devastador sobre Gaza na história do conflito, e as autoridades palestinas informaram que cerca de 3.478 pessoas foram mortas e mais de 12.000 ficaram feridas.

As enormes baixas civis infligidas pelos ataques, juntamente com a decisão de Israel de cortar o acesso a necessidades vitais, como água e eletricidade, foram criticadas como uma forma de punição coletiva e foram recebidas com raiva generalizada em todo o Oriente Médio.

Após uma explosão em um hospital em Gaza na terça-feira, que Israel e o grupo terrorista Jihad Islâmica Palestina culparam um ao outro, grandes protestos eclodiram em locais como a Cisjordânia ocupada, a Jordânia e o Líbano.

Os Estados Unidos apoiaram firmemente Israel, com o presidente Joe Biden se reunindo com Netanyahu na quarta-feira em um sinal de solidariedade enquanto a nação sofre com o ataque do Hamas.

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