PUBLICIDADE

Israel diz que opera ‘no coração’ de Khan Younis e expande atividade militar no sul da Faixa de Gaza

O chefe do Estado-Maior militar de Israel, tenente-general Herzi Halevi, disse que o exército entrou na sua “terceira fase” de operações em Gaza com o aumento de operações no sul

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que atingiram 250 alvos dentro da Faixa de Gaza nesta quarta-feira, 6, com bombardeios aéreos e confrontos com os terroristas do Hamas em meio a expansão das operações israelenses no sul do enclave palestino. O chefe do comando sul do exército israelense, Yarok Finkelman, apontou que os militares israelenses estão presentes no “coração da região de Khan Younis” e estão tentando localizar e destruir armas, túneis e infraestrutura militar do Hamas.

PUBLICIDADE

O chefe do Estado-Maior militar de Israel, tenente-general Herzi Halevi, disse que o exército entrou na sua “terceira fase” de operações em Gaza com o aumento de operações no sul, após ataques aéreos e terrestres no norte. Embora grande parte da Cidade de Gaza, no norte, esteja sob controle israelense, Tel-Aviv ainda não entrou em alguns dos principais redutos do Hamas.

As Forças de Defesa de Israel estão batalhando contra terroristas do Hamas por cada quarteirão em Khan Younis, em um dos dias mais intensos do confronto. Halevi apontou que Khan Younis está cercada. “Tomamos muitos redutos do Hamas no norte da Faixa de Gaza e agora estamos agindo contra os seus redutos no sul”, disse ele.

Militares israelenses movem tanque na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza  Foto: Menahem Kahana/AFP

No norte, forças israelenses afirmaram que mataram cinco comandantes do grupo terrorista Hamas, além de terem apreendido material militar da organização terrorista.

Fontes do Hamas e da Jihad Islâmica apontaram à AFP que estão combatendo as tropas israelenses para impedir que entrem em Khan Yunis. Segundo a assessoria de imprensa do governo do grupo terrorista Hamas, o fogo de artilharia deixou “dezenas de mortos e feridos” na madrugada de terça para quarta-feira no leste da cidade.

Deslocamento

As ruas da cidade, onde também operam as tropas terrestres israelenses, estavam praticamente vazias na manhã desta quarta-feira, enquanto os hospitais não param de receber mortos e feridos, segundo os correspondentes da AFP.

Milhares de civis se deslocaram para Khan Younis após pedidos das Forças de Defesa de Israel para que os civis palestinos saíssem do norte da Faixa de Gaza, local escolhido para o inicio da ofensiva terrestre israelense. O pedido de Tel-Aviv é de que os palestinos se desloquem ate a cidade de Rafah, na fronteira entre o enclave palestino e o Egito.

Publicidade

Civis palestinos se deslocam de Khan Younis para Rafah, na Faixa de Gaza  Foto: Mohammed Dahman/AP

“Estávamos no centro de Khan Yunis. A cidade inteira sofre destruições e bombardeios incessantes. Há muitas pessoas lá que chegam do norte em condições desastrosas, sem refúgio, em busca de seus filhos”, disse Hassan al Qadi, morador de Khan Yunis, mas que se deslocou para Rafah.

“Nenhum lugar é seguro em Gaza”, criticou o chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths. “Nem os hospitais, nem os abrigos, nem os campos de refugiados. Ninguém está seguro”, apontou. A ONU calcula que 1,9 milhão de pessoas (cerca de 75% da população) foram deslocadas pela guerra em Gaza.

USA restringe vistos na Cisjordania

Os Estados Unidos anunciaram que devem impor restrições de vistos a israelenses envolvidos em episódios de violência na Cisjordânia, segundo anúncios do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na terça-feira, 5.

A medida surge no meio de uma onda de ataques na Cisjordânia, onde grupos de direitos humanos afirmam que a violência de israelenses contra os palestinos atingiu níveis recordes desde o ataque terrorista do Hamas no dia de 7 de outubro, que deixou mais de 1.200 mortos em Israel.

Em um comunicado, Blinken apontou que Washington tomou esta decisão para atingir indivíduos que praticaram atividades contra a paz e a segurança na região./W.Post e AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.