Israel anuncia ‘cerco total’ a Gaza após ataques terroristas: ‘Sem eletricidade, comida, nem água’

Forças israelenses realizaram mais de 500 ataques aéreos e de artilharia contra alvos do Hamas, em Gaza

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Por Redação
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TEL AVIV, Israel - A retaliação de Israel aos atentados terroristas perpetrados pelo Hamas no sábado, 7, envolverá um cerco total à Faixa de Gaza, seguido, provavelmente, de uma incursão militar, anunciou o governo nesta segunda-feira, 9. Em paralelo a um pesado bombardeio do território palestino, o Exército de Israel retomou o “controle total” das localidades do sul de Israel atacadas desde o início da ofensiva. O número de mortos pelo Hamas em Israel chegou a 800 e o de palestinos em Gaza, a 687.

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“Temos controle das comunidades”, declarou o general Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense, em uma declaração televisionada à imprensa, acrescentando que “ainda pode haver terroristas na área”. O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, prometeu deixar os 2,3 milhões de palestinos que vivem no enclave sem eletricidade, comida, água, e gás.

O Hamas mantém cerca de 150 reféns no território após a incursão de sábado em Israel. Nesta tarde, o grupo palestino ameaçou matar cada um deles para cada bombardeio de Israel. Segundo a ONU, os bombardeios israelenses já afetaram 400 mil moradores de Gaza, que ficaram sem água e luz.

Na fronteira norte, Israel bombardeou posições do Hezbollah dentro do Libano, depois que militantes palestinos realizaram pequenas incursões no leste do país.

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Pessoas do lado de fora de uma mesquita destruída por um ataque aéreo israelense em Khan Younis, na Faixa de Gaza: Israel planeja imposição de bloqueio total e incursão por terra  Foto: Yousef Masoud/AP

“Estamos impondo um cerco total à Gaza (...) tudo bloqueado”, disse Gallant em um vídeo, referindo-se à população do território palestino, habitado por 2,3 milhões de pessoas.

Terceiro dia da guerra

Os combates entre o exército de Israel e os guerrilheiros do Hamas em território israelense continuam nesta segunda-feira em “sete ou oito” locais ao redor da Faixa de Gaza três dias depois de um ataque surpresa sem precedentes a partir de Gaza, em que os combatentes do Hamas, apoiados por uma saraivada de milhares de foguetes, romperam a barreira de segurança israelense e invadiram as comunidades vizinhas.

Os terroristas levaram prisioneiros para o enclave costeiro de Gaza, incluindo mulheres, crianças e idosos, que provavelmente tentarão trocar por milhares de prisioneiros palestinos detidos por Israel. Segundo informações do governo israelense, são mais de 100 reféns.

Mais de mil mortos e 4 mil feridos já foram contabilizados, desde a ofensiva do grupo terrorista palestino, no sábado. Segundo o jornal The Washington Post, as Forças Armadas de Israel planejam ataques terrestres em massa massivo em Gaza nas próximas 48 horas.

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“Ainda estamos lutando. Há sete ou oito lugares em terreno limpo ao redor (da Faixa de Gaza) onde ainda temos guerreiros lutando contra terroristas”, disse o tenente-coronel Richard Hecht.

Durante a noite, Israel realizou mais de 500 ataques aéreos e de artilharia contra grupos militantes do Hamas e da Jihad Islâmica, no enclave palestino governado pelo movimento islâmico palestino.

Em dois dias de guerra, desde o início da ofensiva do Hamas na madrugada de sábado, já morreram mais de 1.200 pessoas, 700 em solo israelense e mais de 400 na Faixa de Gaza.

Além disso, os combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica capturaram uma centena de cidadãos de Israel, tanto militares quanto civis. /AFP

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