Israel envia militares para as Colinas do Golan após queda de Assad na Síria

Área, controlada por forças de paz da ONU, foi dominada para garantir segurança das comunidades da região, informou o ministro da Defesa de Israel

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Por Ronen Bergman (The New York Times)
Atualização:

O Exército de Israel disse neste domingo, 8, que entrou em uma zona desmilitarizada para garantir a proteção dos seus cidadãos que vivem em um território que ocupa nas Colinas de Golan, na fronteira com a Síria. O território está situado no nordeste do país, a cerca de 60 quilômetros da capital Damasco.

Os rebeldes sírios parecem estar à beira de uma vitória, já que reivindicaram no domingo o controle da capital Damasco e o ditador Bashar Assad, fugiu do país ordenando que houvesse uma transferência pacífica de poder, segundo informações da Rússia.

Sírios comemoram a chegada de rebeldes enquanto pisam em uma foto do presidente sírio Bashar Assad em Damasco. Foto: Omar Sanadiki/AP

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Israel ocupou o Golan durante a guerra do Oriente Médio de 1967. Israel anexou grande parte do território em 1981 e o restante é controlado pela Síria. A maior parte do mundo vê essa área como território sírio ocupado por Israel, embora o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tenha reconhecido a soberania israelense em 2019.

A operação israelense posicionou suas forças entre grupos rebeldes sírios que tomaram o controle de partes das Colinas de Golan controladas pela Síria e comunidades israelenses na fronteira da parte do território controlada por Israel.

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A declaração disse que os militares “não estão interferindo nos eventos internos na Síria”, mas “continuarão a operar enquanto for necessário para preservar a zona-tampão (área controlada por forças de paz da ONU que divide dois Estados e defender em guerra) Israel e seus civis”.

Israel foi pego de surpresa pelo avanço rebelde na Síria, bem como pelo rápido colapso do governo Assad. Motivo que fez com que Exército de Israel agisse para defender a fronteira. A mobilização israelense teve como objetivo “fortalecer a defesa do Golan e da fronteira oriental”, de acordo com uma declaração dada neste no domingo pelo Conselho Regional de Golã, uma entidade do governo local que supervisiona os assentamentos israelenses nas Colinas de Golã.

O Conselho Regional do Golan disse que uma operação militar em larga escala começou no início da manhã e informou aos moradores que ela afetaria algumas estradas e áreas agrícolas. O Exército israelense anunciou que duas áreas agrícolas se tornariam zonas militares fechadas e que escolas em quatro comunidades ofereceriam ensino à distância por enquanto.

Este conteúdo foi publicado originalmente no The New York Times e traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

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