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Menino sequestrado pelo grupo terrorista Hamas teve de ver vídeos do ataque de 7 de outubro, diz tia

Eitan Yahalomi, que foi feito de refém durante cerca de 50 dias, disse à família que terroristas usavam armas para ameaçar crianças que choravam no cativeiro

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Por Redação

O adolescente franco-israelense Eitan Yahalomi, de 12 anos, libertado na noite de segunda-feira, 27, como parte de um acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, viveu “horrores” durante seu cativeiro em Gaza, disse sua tia ao canal francês BFMTV.

“Eitan viveu horrores lá”, disse Deborah Cohen. “Alguns civis o espancaram quando chegou a Gaza”, embora “ele seja um menino de 12 anos”, disse a sua tia, que conseguiu falar com a mãe do seu sobrinho.

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“O Hamas forçou-o a assistir” aos crimes que os seus combatentes cometeram e filmaram em 7 de outubro em solo israelense, acrescentou. “Cada vez que uma criança chorava, eles a ameaçavam com uma arma para mantê-la quieta”, acrescentou Deborah.

“Eu esperava que eles o tratassem bem. Mas aparentemente não foi o caso. Eles são monstros”, disse sua tia. “Ontem ficamos muito felizes (com a libertação dele). Mas agora estou preocupada. O pai dele ainda está lá”, mantido como refém. “Como ficar bem depois de ter vivido uma experiência desse tipo? Haverá muito trabalho pela frente”, afirmou.

Eitan Yahalomi, de 12 anos, durante sua chegada a um hospital em Tel Aviv, depois de ser solto como refém do grupo terrorista Hamas, na segunda-feira. Foto: IDF via AP

Além de Eitan Yahalomi, os irmãos Erez e Sahar Kalderon, de 12 e 16 anos, também foram libertados na noite de segunda-feira, como parte de um acordo de troca de reféns por prisioneiros palestinos entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

A ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, disse à rádio RTL que eles estão fisicamente bem, mas citou o “choque psicológico” sofrido devido aos quase dois meses de cativeiro.

As condições dos cativeiros do Hamas

Outros israelenses cujos familiares foram libertados nos últimos dias descreveram na terça-feira, 28, a privação do seu cativeiro e a fragilidade emocional da sua libertação. Quatro familiares de Shahar Mor, 52 anos, foram sequestrados em 7 de outubro; três deles, incluindo Ohad Munder Zichri, 9, já foram libertados. Mas o patriarca da família, Avraham Mundar, 78 anos, não.

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No cativeiro, disse Mor, seus parentes sobreviviam principalmente com pão pita, que se tornou mais escasso com o passar das semanas. Alguns reféns libertados durante a trégua relataram ter perdido até sete quilos durante os 50 dias presos.

Merav Raviv, que teve três familiares soltos na sexta-feira, 24, disse ouviu dos familiares que alguns deles dormiam em cadeiras enfileiradas. Alguns deles precisavam esperar horas antes de ir ao banheiro.

Emily Hand, uma menina israelense-irlandesa de 9 anos libertada no sábado, 25, pelo grupo terrorista Hamas, depois de passar quase dois meses como refém, tem medo de fazer barulho e agora apenas “sussurra” ao falar, declarou seu pai, Tom Hand, em entrevista ao jornal britânico The Sun.

Emily Hand com seu pai, após ser libertada de cativeiro. Seu pai Tom Hand, contou que menina apenas 'sussurra' ao falar, após 50 dias como refém. Foto: Exército de Israel via AP

“Ela era uma criança normal, feliz e barulhenta, mas agora ela sussurra. Ela movimentava os lábios sem nenhum volume ou mesmo ar saindo”, acrescentou. “Devem ter ordenado que ficasse em silêncio durante todo o tempo e ainda tem medo de fazer barulho.”

No total, cerca de 240 pessoas foram feitas reféns pelo grupo terrorista Hamas em Israel nos ataques de 7 de outubro e 50 foram libertadas até agora. Em troca, Israel libertou cerca de 150 prisioneiros palestinos. Fora desse acordo, outros 19 reféns, a maioria trabalhadores estrangeiros, foram libertados pelo Hamas./AFP, NYT e AP.

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