Israel responde a ataque, lança mísseis em Gaza e combatentes palestinos disparam foguetes

Confrontos ocorrem menos de 36 horas após visita de secretário de Estado americano para tentar desescalar o conflito

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Por Redação
Atualização:

Israel realizou bombardeios aéreos na Faixa de Gaza na madrugada desta quinta-feira, 2, após afirmar que havia interceptado na véspera um foguete lançado a partir do território palestino. Em reação aos bombardeios do Exército israelense, combatentes palestinos dispararam foguetes contra o território israelense. Os confrontos são mais um capítulo da escalada da violência na região.

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Menos de 36 horas antes, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, realizou uma visita a Jerusalém e Ramallah para pedir uma desescalada diante da espiral de violência.

O exército israelense afirmou, em um comunicado divulgado às 2h41 (21h41 de quarta-feira e, Brasília), que estava “atacando a Faixa de Gaza” depois de interceptar na véspera um foguete lançado a partir do território palestino.

Fumaça e fogo são vistos em Gaza após lançamento de mísseis por Israel  Foto: MOHAMMED ABED / AFP

Correspondentes da agência France-Press observaram dois foguetes lançados contra Israel a partir da Faixa de Gaza após a ação israelense e explosões foram ouvidas na cidade de Gaza. Os serviços de emergência dos dois lados não relataram vítimas até o momento.

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De acordo com fontes das forças de segurança e testemunhas, os primeiros ataques (ao menos sete) atingiram um centro de treinamento das Brigadas Al-Qassam, braço armado do movimento palestino Hamas, no campo de refugiados Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza. Outros ataques aéreos atingiram um centro de treinamento das Brigadas Al-Qassam ao sudoeste de Gaza.

O exército israelense afirmou que caças atacaram uma área de produção e armazenamento de material químico, além de um “centro de fabricação de armas” do Hamas.

Escalada da violência

Na semana passada, vários foguetes foram lançados a partir da Faixa de Gaza em resposta a uma incursão israelense na Cisjordânia ocupada que deixou 10 mortos no campo de refugiados de Jenin.

Um dia depois da operação, um ataque a tiros diante de uma sinagoga em Jerusalém Oriental provocou as mortes de sete civis. O atentado foi o mais violento contra civis israelenses em mais de uma década, e foi celebrado por muitos palestinos em Gaza e na Cisjordânia.

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Gaza, um território que tem quase 2,3 milhões de habitantes, está sob bloqueio israelense desde que o Hamas chegou ao poder em 2007. A Frente Democrática de Libertação da Palestina (FDLP), um grupo armado laico, reivindicou “um lançamento de foguetes (...) em resposta à agressão sionista contra a Faixa de Gaza”.

Do lado israelense, sirenes de alerta soaram em Sderot, uma cidade no sul de Israel perto da Faixa de Gaza, segundo o exército.

As Brigadas A-Qassam afirmaram que responderam aos ataques israelenses com os lançamentos de mísseis.

Medidas mais duras

Na quarta-feira, 1.º, o ministro israelense da Segurança Nacional, Itamar Ben-Givr, afirmou que os ataques recentes com foguetes são motivados por sua decisão de endurecer as condições dos detentos palestinos nas prisões de Israel. “Os lançamentos a partir de Gaza não abalarão a minha determinação de trabalhar para mudar as condições do acampamento de verão para os assassinos terroristas presos”, disse o ministro.

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O aumento da violência atingiu grande parte da Cisjordânia. O ano de 2022 teve o maior número de mortes no território desde que a ONU começou a registrar os números em 2005.

Um total de 235 pessoas morreram no ano passado no conflito israelense-palestino, incluindo autores de ataques, militantes e civis. O ataque da semana passada em Jerusalém Oriental matou seis israelenses, incluindo uma criança, e um ucraniano.

O governador regional palestino Jihad Abu al Assal acusou Israel de impor um cerco a Jericó, um destino turístico na Cisjordânia próximo de Jerusalém, depois de um tiroteio no sábado, 28 de janeiro, em um restaurante que não deixou vítimas. “Este é o quinto dia de cerco a Jericó”, declarou na quarta-feira à AFP.

O exército israelense afirmou que aumentou suas forças na região e “intensificou as inspeções nas entradas da cidade, com verificações que podem levar horas para a entrada ou saída da cidade”. / AFP

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