O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou, nesta quinta-feira, 19, que as tropas terrestres devem estar prontas para entrar na Faixa de Gaza. Durante um encontro com a infantaria na fronteira, ele ordenou que as forças “se organizassem” para a ordem de entrar na região, embora não tenha dito quando a invasão deve começar.
“Quem vê Gaza de longe, verá de dentro. Eu prometo”, disse ele em um vídeo divulgado pelo Exército de Israel. “Agora, nossas manobras vão levar a guerra para o território deles (do Hamas). Será longo e intenso. Os melhores comandantes e soldados estão aqui.”
Após o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel em 7 de outubro, as tropas israelenses têm sido concentradas ao longo da fronteira com Gaza. A última invasão terrestre israelense e em grande escala na região foi em 2014. Na ocasião, uma guerra de 50 dias entre Israel e Hamas matou milhares de palestinos e dezenas de israelenses.
Agora, espera-se que o ataque seja a maior operação terrestre de Israel desde que invadiu o Líbano em 2006. A concentração militar vista em imagens de satélite situa-se a cerca de seis quilômetros a norte da passagem de Erez, o principal ponto de entrada na fronteira norte de Gaza e que permanece fechada desde que as forças israelenses a recapturaram após sua tomada em 7 de outubro.
Leia também:
Embora não seja possível uma contabilização exata de cada parte da expansão de Israel, tanques israelenses também foram vistos em outros locais. Tanques e veículos blindados foram fotografados em 14 de outubro em um centro de reparos perto de Be’eri, a cerca de três quilômetros ao norte do local do festival de música atacado pelo Hamas.
Os veículos próximos à Travessia de Erez chegaram ao local entre 8 e 14 de outubro, de acordo com imagens do Planet Labs. Fotografias tiradas no mesmo local no último sábado, 14, mostram uma série de veículos blindados, incluindo tanques Merkava, veículos blindados de transporte de pessoal e escavadeiras militarizadas.
Antes da invasão terrestre, Israel exigiu que toda a população do norte de Gaza – cerca de 1,1 milhões de pessoas – se deslocasse para a metade sul do território. Mas muitas pessoas não conseguem se movimentar e, na terça-feira, 17, Israel disse ter intensificado os bombardeios em cidades do sul de Gaza, levando alguns palestinos a considerarem voltar para casa. / AFP e AP
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.