Israel anunciou nesta segunda-feira, 16, um plano para retirar os habitantes de uma faixa de dois quilômetros ao longo da fronteira com o Líbano, onde os confrontos se multiplicaram nos últimos dias entre o movimento pró-Irã Hezbollah, aliado do grupo terrorista Hamas, e o exército israelense. Cinco pessoas já morreram na região, por disparos vindos do território libanês.
Os moradores desta faixa, que inclui 28 núcleos habitados, serão realocados em pousadas públicas, anunciou o Ministério da Defesa de Israel. Não há precedentes de um deslocamento desta população desde 2006, na guerra de Israel com o Líbano.
A implementação do plano, aprovada pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, será de responsabilidade dos líderes municipais das comunidades afetadas, que foram informados nesta manhã, bem como dos Ministérios do Interior e da Defesa. A grande maioria dos 28 núcleos afetados tem entre algumas centenas e mais de mil habitantes, mas a lista também inclui a cidade de Shlomi, com 7 mil habitantes.
Ataques de domingo, 15, levaram o exército israelense a declarar uma faixa de quatro quilômetros a partir da fronteira como área fechada e a ordenar que todos os civis que vivem a menos de dois quilômetros de lá permaneçam perto de locais protegidos.
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Desde o dia 8 de outubro, um dia após o ataque lançado a partir de Gaza pelo grupo terrorista Hamas contra o sul de Israel, trocas de fogo com artilharia e mísseis antitanque têm ocorrido na fronteira libanesa. Alguns dos ataques foram reivindicados pela milícia xiita libanesa Hezbollah e outros por facções palestinas presentes no território libanês.
Esses episódios resultaram em um total de 17 mortes: cinco em Israel - quatro soldados e um civil - e pelo menos 12 no Líbano, incluindo 3 civis, incluindo um cinegrafista da agência Reuters, quatro membros do Hezbollah e cinco membros de milícias palestinas.
Duas das mortes ocorreram ontem: um soldado morreu em um ataque com mísseis antitanque lançados pelo Hezbollah contra o posto militar de Nurit, e um civil de cerca de 40 anos morreu na cidade de Shtula, em um ataque também do Hezbollah./EFE
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