Israel mata um dos líderes do Hezbollah e mais seis em ataque no sul do Líbano

Ataques foram uma aparente retaliação a ataques feitos pelo grupo fundamentalista no sábado, que danificaram uma base militar de Israel

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Por Andrés R. Martínez e Daniel Victor
Atualização:

Uma importante autoridade militar do Hezbollah morreu em um ataque feito por Israel nesta segunda-feira, 8, no sul do Líbano. O membro do grupo fundamentalista, identificado pelo Hezbollah como Wissam al-Tawil, morreu enquanto estava dentro do seu carro, durante um bombardeio, na aldeia de Kherbet Selm, próximo à fronteira com Israel, de acordo com um oficial de segurança libanês que falou sob condição de anonimato.

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O líder militar, que “desempenhava um papel de primeiro plano na direção das operações militares no sul” e era comandante das Forças Radwan de elite do Hezbollah, morreu “em um bombardeio israelense”, relatou a fonte. O ataque atingiu um SUV Honda na vila de Khirbet Selm, no sul, enquanto Wissam al-Tawil o dirigia, disse a autoridade. Os militares israelenses não comentaram imediatamente sobre o ataque.

O ataque ocorre em meio a receios de uma ampliação para uma guerra regional, especialmente após a morte do número dois do Hamas, Saleh al Aruri. No domingo, 7, o Exército de Israel disse que atingiu alvos do Hezbollah no Líbano e estava pronto para atacar mais posições do grupo fundamentalista. Segundo o contra-almirante Daniel Hagari, os militares israelenses estão focados em destruir a unidade Radwan do Hezbollah, que pretende se infiltrar em Israel por meio da sua fronteira norte.

O chefe do Estado-Maior do exército de Israel, Tenente General Herzl Halevi, disse que as suas forças estavam determinadas a manter a pressão sobre o Hezbollah, e que se esses esforços fracassassem, Israel estava pronto para travar “outra guerra”. “Nós vamos criar uma realidade completamente diferente, ou teremos uma outra guerra”, declarou no domingo.

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Os ataques de domingo foram uma aparente retaliação aos ataques do Hezbollah que danificaram uma base militar de Israel no sábado, 6. O Hezbollah, ao lado do Irã, apoia o Hamas e está envolvido em ataques de pequena escala na fronteira de Israel desde o início da guerra, há três meses. Nos últimos dias, o grupo intensificou os ataques a Israel em virtude do ataque em Beirute.

O lançamento de foguetes contra a base, a Unidade de Controle Aéreo do Norte no Monte Meron, deixou-a com danos significativos, segundo relatos da mídia israelense, mas a instalação ainda está operando após o ataque “e foi reforçada com sistemas adicionais”, disse Hagari.

O ataque foi um dos muitos confrontos que eclodiram entre o Hezbollah e Israel na fronteira com o Líbano, contribuindo para as preocupações de que a guerra Israel-Hamas possa resultar num conflito regional mais amplo. Além do Hezbollah, a milícia Houthi apoiada pelo Irã no Iêmen atacou navios no Mar Vermelho e lançou mísseis contra Israel. Os Estados Unidos atingiram alvos no Iraque, enquanto se presume que Israel realizou assassinatos direcionados na Síria e no Líbano.

Fumaça sobe sobre edifícios nos arredores da vila fronteiriça de Khiam, no sul do Líbano, após bombardeio israelense no domingo, 7. Foto: RABIH DAHER / AFP

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fez várias viagens pelo Oriente Médio como parte de um esforço diplomático para reduzir o risco de uma guerra expandida. Nos últimos dias, Blinken se reuniu com lideranças da Turquia, da Jordânia e do Catar. Ele ainda deve se reunir com autoridades nos Emirados Árabes Unidos nesta segunda-feira, 8, e terá novas conversações com líderes israelenses na terça-feira, 9./NYT e Associated Press.

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