PUBLICIDADE

Itália: discussão na Cãmara acaba com congressistas brigando entre si; 11 deputados foram suspensos

Congressista saiu do parlamento italiano em cadeira de rodas

PUBLICIDADE

Foto do author Marcos Furtado

Parlamentares se agrediram na na última quarta-feira, 12, Câmara dos Deputados da Itália. O episódio aconteceu durante a discussão de uma proposta polêmica do governo que, segundo os opositores, empobrecerá ainda mais o sul pobre do país . As informações são do jornal português “Público”. Por dez votos a seis, a Mesa da Câmara suspendeu 11 deputados envolvidos na confusão, segundo o jornal italiano “Corriere della Sera”.

O deputado Leonardo Donno, do partido Movimento 5 Estrelas, é protegido por funcionários do parlamento e por outros legisladores durante uma briga no plenário da Câmara dos Deputados, em Roma. Foto: Mauro Scrobogna/AP

PUBLICIDADE

A confusão começou quando o deputado Leonardo Donno, do Movimento Cinque Stelle (M5S), tentou cobrir o rosto do ministro italiano dos Assuntos Regionais e Autonômicos, Roberto Calderoli, com a bandeira do país. Vários deputados dos partidos Liga e Fratelli d’Italia (Irmãos da Itália), da primeira-ministra, Giorgia Meloni, avançaram na direção do deputado, apesar da intervenção de seguranças do parlamento.

O deputado acabou caindo no chão e foi retirado de cadeira de rodas por socorristas. “Além de vários chutes, fui alvo de um soco muito forte no esterno (osso no tórax) e caí porque não conseguia respirar”, disse Donno à imprensa italiana.

Um vídeo com o momento foi compartilhado pelo presidente do partido de Donno, Giuseppe Conte, no X (antigo Twitter).

“Precisamos dar outro exemplo”

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, entrevistado pela Sky TG24, expressou sua decepção com a cena. “Não tenho palavras”, disse Tajani. “Precisamos dar outro exemplo, e não socos para resolver problemas políticos. Não é fanfarronice, não é gritaria, são ideias que precisam ser bem explicadas para persuadir os eleitores.”

A proposta daria a outras regiões maior autonomia em funções específicas, uma medida que, segundo a oposição, aumentará ainda mais a divisão norte-sul na Itália. Atualmente, cinco regiões têm autonomia, o que, em parte, reduz a receita tributária devida ao governo central em Roma. / COM INFORMAÇÕES DA AP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.