Itália resgata 6,5 mil imigrantes no Mediterrâneo

Embarcações com centenas de imigrantes foram localizadas pela Guarda Costeira, por ONGs e pela Marinha; segundo relato da organização Médicos Sem Fronteiras, dois bebês prematuros de apenas 5 dias estavam em um dos barcos

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ROMA - A Guarda Costeira da Itália resgatou 6.500 pessoas no Canal da Sicília em 40 operações de socorro, informou na segunda-feira, 29, a instituição. Nas operações de resgate participaram a Marinha italiana, ONGs e a própria Guarda Costeira, assim como navios pertencentes aos dispositivos europeus Frontex e Eunavformed, acrescentou a instituição em sua conta no Twitter.

Em seu site, a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou que participou da operação e descreveu que entre os refugiados resgatados estavam dois irmãos gêmeos nascido há apenas cinco dias. "Passamos por uma incrível história, que foi o resgate de dois bebês prematuros nascidos de oitro meses há apenas cinco dias", disse Antonia Zemp, líder da equipe médica da MSF. 

Homem carrega bebê de apenas 5 dias que foi resgatado em barco no Mediterrâneo, no fim de agosto Foto: AP Photo/Emilio Morenatti

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"A mãe estava viajando sozinha. Um dos bebês não estava bem - ele vomitava, estava com hipotermia e não reagia a estímulos. Depois de uma primeira avaliaçao, nossos médicos pediram ajuda para retirá-los do mar mais rapidamente porque sua saúde estava tão fragilizada que ele não sobreviveria a longa jornada até a Itália em nosso barco", completou Antonia.

No domingo, as autoridades italianas resgataram outras 1,1 mil pessoas que tentavam chegar ao país em diversas embarcações. 

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A Organização Internacional de Migrações (OIM) elevou no domingo a 322.914 o número de imigrantes e refugiados que conseguiram chegar à Europa neste ano após atravessar o Mediterrâneo por diferentes rotas, enquanto o número de mortos já supera os 2,5 mil.

No ano passado, a OIM qualificou o Mediterrâneo como a rota "mais mortal para os imigrantes que buscam uma vida melhor". / EFE

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