Itamaraty diz ‘acompanhar com preocupação’ eventos na Síria e pede solução pacífica para o conflito

Ministério pede que brasileiros que estejam em solo sírio saiam do país; rebeldes tomaram o controle de Damasco neste domingo, 8

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Foto do author Juliano  Galisi
Atualização:

O Ministério das Relações Exteriores afirmou na tarde deste sábado, 7, que acompanha com “preocupação” a escalada dos conflitos na guerra civil da Síria. Nos últimos dias, uma coalizão de forças rebeldes ganhou força e conquistou importantes centros urbanos do país.

Neste domingo, 8, os rebeldes chegaram a Damasco, capital síria. O posicionamento do governo brasileiro é anterior à chegada dos rebeldes do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS). O paradeiro do ditador Bashar Assad, que deixou a cidade-sede do governo, é desconhecido.

“O Brasil reitera a necessidade de pleno respeito ao direito internacional, inclusive ao direito internacional humanitário, bem como à unidade territorial síria e às resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, diz o comunicado do Itamaraty. “O Brasil apoia os esforços para solução política e negociada do conflito na Síria, que respeitem a soberania e a integridade territorial do país”.

Ofensiva relâmpago de rebeldes islamistas toma Damasco, derruba Assad e ditador foge da Síria Foto: Ghaith Alsayed/AP

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A guerra civil da Síria começou há 13 anos, durante a Primavera Árabe, e se transformou em um conflito sangrento e multifacetado, envolvendo grupos de oposição interna, os “rebeldes” e facções extremistas, como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, além de potências internacionais, incluindo os Estados Unidos, o Irã e a Rússia. Mais de 500 mil sírios morreram e outros milhões fugiram de suas casas.

Durante anos, analistas sustentaram que a guerra civil síria era um conflito congelado. Depois de estar à beira do colapso diante dos rebeldes, Assad foi resgatado em 2015 pela Rússia e pelo Irã, que comprometeram suas próprias forças armadas para garantir a sobrevivência do ditador, um aliado crucial aos regimes de Moscou e Teerã.

No entanto, nos últimos anos, novas variáveis entraram em cena. Enquanto a Rússia se mobilizou na invasão à Ucrânia, o Irã passou a se envolver em um conflito com Israel.

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