O Partido Trabalhista, da primeira-ministra Jacinda Ardern, obteve a maioria dos votos nas eleições gerais da Nova Zelândia neste sábado, 17. A vitória do partido é atribuída à eficiência de Ardern nas medidas de resposta à pandemia do novo coronavírus.
O mandato significa que Ardern, de 40 anos, pode formar o primeiro governo unipartidário em décadas e encarar o desafio de entregar a transformação progressista que ela prometeu e não cumpriu em seu primeiro mandato, quando o Partido Trabalhista dividiu o poder com um partido nacionalista.
"A Nova Zelândia mostrou o maior apoio ao Partido Trabalhista em quase 50 anos", Ardern disse a apoiadores após a vitória. "Não vamos subestimar o apoio de vocês. Prometo que seremos um partido que governa para todos os neozelandeses."
"Esta é uma mudança histórica", disse o comentarista político Bryce Edwards, da Universidade de Victoria, ao descrever o número de votos como uma das maiores mudanças da história eleitoral da Nova Zelândia em 80 anos.
O partido de Ardern deve ocupar 64 das 120 vagas no parlamento nacional, maior número alcançado por qualquer partido desde que a Nova Zelândia adotou o sistema de votos proporcionais em 1996.
Com mais de 75% dos votos contabilizados, a Comissão Eleitoral anunciou que o Partido Trabalhista teve 49% dos votos, contra 77% do Partido Nacional.
As eleições deste sábado são consideradas um referendo sobre a forma com que Ardern lidou com a pandemia da covid-19.
Geoffrey Miller, analista político, disse que a vitória representa "um triunfo pessoal pela popularidade de 'popstar' de Jacinda Ardern". /REUTERS
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