Japão alerta para a possibilidade de ‘megaterremoto’ após tremor de magnitude 7,1

Primeiro-ministro cancelou viagens e declarou que permanecerá no país por pelo menos uma semana para gerir crise

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Após um terremoto de magnitude 7,1 deixar oito feridos no Japão na última quinta-feira, 8, autoridades japonesas alertaram para a possibilidade de um “megaterremoto” no país. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) informou na manhã desta sexta-feira, 9, que “a probabilidade de ocorrer um sismo de alta intensidade é superior ao normal”, embora isso não garanta a ocorrência de um grande terremoto.

PUBLICIDADE

Em resposta à situação, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou o cancelamento de viagens ao Casaquistão, Usbequistão e Mongólia, decidindo permanecer no Japão por pelo menos uma semana para gerenciar a crise.

O Japão, localizado no cruzamento de várias placas tectônicas, é um dos países com maior atividade sísmica no mundo, registrando cerca de 1.500 terremotos por ano, a maioria com baixa magnitude. O país tem implementado regulamentações de construção para suportar esses eventos e orienta seus 125 milhões de habitantes sobre como reagir em situações de terremotos.

Visitantes do Parque da Paz se abaixam após um alerta de terremoto ser emitido em Nagasaki, oeste do Japão, na quinta-feira, 8 de agosto de 2024  Foto: Foto: Kyodo News via AP

O governo japonês já havia estimado que a probabilidade de um megaterremoto abalar o país nas próximas três décadas era de 70%. Segundo os representantes pela estimativa, o abalo poderia afetar uma parte significativa da costa japonesa no Pacífico e ameaçar cerca de 300 mil pessoas.

Em de março de 2011, o terremoto mais poderoso registrado no Japão, com magnitude 9, desencadeou um tsunami no nordeste do país.

Publicidade

É primeira vez que as autoridades japonesas emitem um alerta deste tipo após a implementação de um novo sistema de alerta ativado na ocasião.

Em janeiro, um terremoto no centro do país matou pelo menos 318 pessoas. /AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.