Após um terremoto de magnitude 7,1 deixar oito feridos no Japão na última quinta-feira, 8, autoridades japonesas alertaram para a possibilidade de um “megaterremoto” no país. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) informou na manhã desta sexta-feira, 9, que “a probabilidade de ocorrer um sismo de alta intensidade é superior ao normal”, embora isso não garanta a ocorrência de um grande terremoto.
Em resposta à situação, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou o cancelamento de viagens ao Casaquistão, Usbequistão e Mongólia, decidindo permanecer no Japão por pelo menos uma semana para gerenciar a crise.
O Japão, localizado no cruzamento de várias placas tectônicas, é um dos países com maior atividade sísmica no mundo, registrando cerca de 1.500 terremotos por ano, a maioria com baixa magnitude. O país tem implementado regulamentações de construção para suportar esses eventos e orienta seus 125 milhões de habitantes sobre como reagir em situações de terremotos.
O governo japonês já havia estimado que a probabilidade de um megaterremoto abalar o país nas próximas três décadas era de 70%. Segundo os representantes pela estimativa, o abalo poderia afetar uma parte significativa da costa japonesa no Pacífico e ameaçar cerca de 300 mil pessoas.
Em de março de 2011, o terremoto mais poderoso registrado no Japão, com magnitude 9, desencadeou um tsunami no nordeste do país.
É primeira vez que as autoridades japonesas emitem um alerta deste tipo após a implementação de um novo sistema de alerta ativado na ocasião.
Em janeiro, um terremoto no centro do país matou pelo menos 318 pessoas. /AFP
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