O Japão iniciou nesta quinta-feira, 5, a segunda fase o processo de despejo no mar da água tratada da central nuclear de Fukushima, informou a operadora da usina, Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO), depois que a primeira rodada de descargas terminou sem problemas.
A primeira fase começou em 24 de agosto e encerrou no dia 11 de setembro, liberando 7,8 mil toneladas de água — a mesma quantidade que será despejada a partir desta quinta-feira, durante 17 dias. Em um processo que deve levar décadas, o Japão pretende liberar 1,34 milhão de tonelada de água residual acumulada desde que um tsunami danificou a central nuclear em 2011.
A TEPCO e o governo afirmam que a descarga da água no mar é inevitável porque os tanques atingirão a capacidade máxima no início do próximo ano e será necessário espaço na fábrica para o seu descomissionamento.
As descargas de águas residuais têm sido fortemente contestadas por grupos de pescadores e países vizinhos, incluindo a Coreia do Sul, onde centenas de pessoas organizaram manifestações de protesto. A China, por sua vez, proibiu todas as importações de frutos do mar japoneses, prejudicando gravemente os produtores e exportadores japoneses de frutos do mar.
O governo japonês insiste que a água tratada não representa riscos para a saúde. Um dia após o início da liberação, em 25 de agosto, a operadora observou que as amostras coletadas da água apresentaram níveis de radioatividade muito abaixo dos limites de segurança.
A TEPCO destacou que a água foi filtrada para eliminar os elementos radioativos, com exceção do trítio, que permanece em níveis considerados seguros. “Foi confirmado que a primeira fase de despejo aconteceu de acordo com os planos e de forma segura”, declarou o porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno. Ele também destacou que não foram detectadas irregularidades./AFP e Associated Press.
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