A polícia do Quênia exumou mais de 70 corpos perto da cidade costeira de Malindi em uma investigação sobre um pregador cristão que teria dito aos seguidores para morrerem de fome para “encontrar Jesus Cristo”.
Havia corpos de crianças entre os mortos. A polícia disse que as exumações estão em andamento.
As covas rasas estão na floresta Shakahola, onde 15 membros da Igreja Internacional da Boa Nova (Good News International Church, em inglês) foram resgatados na semana passada.
O líder da igreja, Paul Makenzie Nthenge, está sob custódia, aguardando uma audiência no tribunal.
A emissora estatal KBC o descreveu como um “líder de culto” e informou que 58 túmulos foram identificados até agora.
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Na semana passada, as autoridades encontraram os corpos de quatro adeptos da Igreja Internacional da Boa Nova, dirigida por Makenzie Nthenge, que teria incentivado seus seguidores a jejuar para “conhecer Jesus”.
Os investigadores chegaram à região após uma denúncia que apontava a existência de uma possível vala comum. Contudo, muitos adeptos da seita ainda estão escondidos em uma área de mata.
Uma mulher foi encontrada neste domingo, 23, pelas autoridades com os olhos esbugalhados e recusando-se a ingerir alimentos, antes de ser transferida em uma ambulância.
Outros 11 fiéis, sete homens e quatro mulheres de entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada após receberem ajuda na região de mata conhecida como Shakahola.
O líder da seita, Makenzie Nthenge, compareceu à polícia em 15 de abril, antes de ser detido.
Uma fonte policial afirmou que Nthenge iniciou uma greve de fome e que “está orando e jejuando” enquanto permanece preso. Segundo a imprensa local, seis seguidores de Makenzie Nthenge também foram detidos.
Em um relatório, a polícia indicou que recebeu informações sobre várias pessoas “mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, pastor da Igreja Internacional da Boa Nova, fez nelas uma lavagem cerebral”.
De acordo com a mídia local, Makenzie Nthenge tinha sido detido e indiciado no mês passado depois que duas crianças morreram de fome enquanto estavam sendo cuidadas por seus pais. No entanto, ele pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado. / AP e AFP
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