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Ex-jornalista que ganhou causa contra Donald Trump por abuso sexual volta a processá-lo

Nova ação movida por Jean Carroll processa o ex-presidente dos EUA por difamação, devido a declarações feitas por ele após a sentença publicada no início de maio

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Por Redação
Atualização:

A ex-jornalista E. Jean Carroll voltou à Justiça contra o ex-presidente Donald Trump, nesta segunda-feira, 22, após o político ter sido condenado a pagar US$ 5 milhões (quase R$25 milhões) por uma agressão sexual que aconteceu em 1996, no início deste mês. Desta vez, Carroll está processando Trump por difamação, devido a declarações feitas pelo republicano após a sentença.

“Está louca”, disse Trump sobre E. Jean Carroll na rede de TV CNN, no dia seguinte à decisão judicial, ditada em Nova York, no dia 9 de maio, por um júri formado por nove cidadãos. Na mesma entrevista, o político repetiu que não conhecia a ex-jornalista da revista “Elle” e chamou o assunto de “invenção”.

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A nova denúncia se baseia em declarações feitas por Trump “após o veredito, que mostram a extensão de sua malícia em relação a Carroll”, afirmou a advogada Roberta Kaplan, cuja cliente tem o objetivo de “punir Trump e dissuadi-lo de outros atos de difamação”, além de “dissuadir outras pessoas de fazerem o mesmo”.

Na véspera da transmissão pela CNN, o júri considerou o ex-presidente civilmente responsável por agressão sexual contra Jean Carroll, que o acusou de tê-la estuprado no provador de uma loja de roupas íntimas, em Nova York. O júri ainda condenou Trump a pagar um total de US$ 5 milhões à vítima por difamação devido a declarações feitas em 2022, decisão da qual o ex-presidente recorreu.

A ex-colunista E. Jean Caroll entrando no tribunal federal de Manhattan em abril de 2023, em Nova York, para o julgamento do ex-presidente Donald Trump (foto de arquivo). Foto: AP/Brittainy Newman

Pelo fato de não ter havido uma investigação criminal sobre o caso na época dos fatos, a denúncia não pôde ser levada à Justiça criminal e o processo ocorreu na esfera civil. Por isso, o ex-presidente não pode ser preso e não foi condenado por nenhum crime./AFP

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