Jornalista francesa vai denunciar Strauss-Kahn por tentativa de estupro

Tristane Banon teria sofrido tentativa de abuso em 2002; denúncia só foi feita em 2007

PUBLICIDADE

Atualização:

Atualizado às 16h01

 

PARIS - A jornalista e escritora francesa Tristane Banon vai apresentar na terça-feira, 5, uma denúncia contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn por tentativa de estupro, como declarou nesta segunda-feira, 4, seu advogado, David Koubbi, em entrevista publicada pela revista L'Express.

 

Veja também:

linkStrauss-Kahn processará Tristane BanonlinkSocialistas podem esperar DSK para primáriaslinkEsquerda quer que Strauss-Kahn volte à política

Publicidade

 

PUBLICIDADE

Banon, cuja família é próxima à de Strauss-Kahn, denunciou na televisão francesa em 2007 que o político tinha tentado estuprá-la em 2002, aos 22 anos, e o entrevistava para preparar um livro.

 

Naquele momento não denunciou os fatos pelos conselhos de sua mãe, mas, após saber da suposta agressão sexual de Strauss-Kahn em Nova York em 14 de maio, o advogado de Banon declarou que não denunciariam Strauss-Kahn para evitar uma instrumentalização da Justiça americana.

 

Após a reviravolta do caso nos EUA a favor de Strauss-Kahn, o advogado declarou que vai interpor uma denúncia pela tentativa de estupro e que essa denúncia chegará à Promotoria na terça-feira.

 

Instrumentalização

Publicidade

 

"Os fatos não são constitutivos de uma agressão sexual, mas de uma tentativa de estupro, para o qual o tempo de prescrição é de dez anos", declarou à revista L'Express. O advogado afirmou que não "reagiu em função do contexto", já que tinha tomado a decisão com sua cliente antes de o tribunal de Nova York levantar a liberdade vigiada à qual estava submetido o político francês.

 

"Esperei o tempo necessário porque não queria ser instrumentalizado pela Justiça americana. Não quero (...) que a declaração do meu cliente se vincule ao caso de Nafissatou Diallo (a camareira do hotel Sofitel de Nova York que denunciou Strauss-Kahn)", acrescentou.

 

Segundo Koubbi, "o 'tempo midiático' não é nosso 'tempo judicial' e o dossiê da minha cliente é extremamente sólido".