Os jornalistas italianos realizarão uma greve de 48 horas durante a quinta e a sexta-feira, a segunda em uma semana, para apoiar as reivindicações feitas na negociação sobre a renovação de sua convenção coletiva, anunciou nesta quarta-feira o sindicato. A informação é do jornal Le Monde. Sendo assim, durante a quinta e a sexta-feira não haverá jornais nas bancas italianas, segundo a Federação Nacional da Imprensa Italiana. Os jornalistas de agências de notícias e de sites da internet também irão parar de trabalhar durante as 48 horas, segundo comunicado da Federação da Imprensa. Uma greve nos mesmos moldes foi realizada na semana passada, e as bancas ficaram sem jornais durante o último sábado. Entre outros participantes do protesto estão também os jornalistas de rádio e televisão públicas e privadas, que farão greve na sexta-feira e no sábado. A Itália ficará então praticamente privada de informações. Durante o horário dos telejornais, será transmitido um boletim de cinco minutos de notícias. Os jornalistas italianos protestam contra a ruptura dos editores sobre a negociação da renovação de sua convenção coletiva, que expirou em fevereiro de 2005. A Federação demanda que a nova convenção reduza a "precariedade" da profissão, e reclama um reconhecimento jurídico para os jornalistas independentes. Em compensação, os editores enfatizam que "a flexibilidade e o custo do trabalho são os elementos essenciais de toda a estratégia" de um setor que passa por um período delicado, segundo um comunicado. O presidente da república, Giorgio Napolitano, "encorajou", na semana passada, a retomada das negociações para que se atinja uma "solução satisfatória".
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