Julgamento de Trump por documentos secretos é adiado por tempo indeterminado

Decisão reduz as chances de desfecho do processo antes das eleições americanas, em novembro

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Por Redação

MIAMI - A juíza Aileen Cannon, que supervisiona o processo do ex-presidente Donald Trump pelos documentos secretos encontrados na mansão de Mar-a-Lago, Flórida, adiou por tempo indeterminado o início do julgamento, que estava previsto para o dia 20 de maio. A decisão reduz as chances de desfecho antes das eleições americanas, em novembro.

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No parecer de cinco páginas, a juíza Aileen Cannon disse que seria imprudente marcar a data antes que uma série de questões legais delicadas envolvendo o uso de provas confidenciais em julgamentos seja considerada. Não há prazo para o início do julgamento.

Na audiência, em março, a defesa insistiu que Trump só deveria ser julgado depois das eleições ou não antes de agosto. A acusação, liderada pelo promotor especial Jack Simth, sugeriu o começo em julho.

Former President Donald Trump, with his lawyer Todd Blanche, right, speaks to members of the media as he arrives at Manhattan criminal court, Tuesday, May 7, 2024, in New York. (Sarah Yenesel/Pool Photo via AP) Foto: Sarah Yenesel/AP

O líder do Partido Republicano responde por 40 acusações relacionadas à gestão indevida de documentos sigilosos e obstrução dos esforços para recuperá-los. O caso motivou a operação de busca histórica do FBI na casa do ex-presidente na Flórida e à descoberta de arquivos confidenciais, incluindo informações sobre segredos nucleares, programa de mísseis do Irã e esforços da inteligência americana envolvendo a China.

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Trump é o primeiro ex-presidente da história americana a enfrentar acusações criminais. São cerca de 90 ao todo. Atualmente, ele é julgado em Nova York pela suposta compra de silêncio da atriz pornô Stormy Daniels antes das eleições de 2016. Vários dos advogados que o representam no Tribunal de Manhattan também fazem a sua defesa na Flórida.

Donald Trump responde ainda a dois processos pelas tentativas de reverter a derrota para Joe Biden, em 2020. A ação federal está parada à espera da decisão da Suprema Corte, que analisa o pedido de imunidade para o ex-presidente. O caso que tramita no Estado da Georgia também não tem data para ir à julgamento.

Enquanto tenta voltar à Casa Branca, sua defesa tem esgotado todos os recursos na tentativa de empurrar os processos para depois das eleições. Se eleito, Trump poderia ordenar ao novo procurador-geral que rejeitasse acusações federais contra ele ou até mesmo conceder perdão a si mesmo./Com AP e W. Post

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