Justiça sul-coreana emite mandado de prisão contra presidente suspenso

É a primeira vez na história do país que um presidente em exercício, mesmo suspenso das funções, é alvo de uma ordem de prisão

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Por Redação
Atualização:

Um tribunal sul-coreano emitiu uma ordem de prisão contra o presidente Yoon Suk Yeol, informaram nesta terça-feira, 31, os responsáveis pela investigação iniciada após a declaração de lei marcial no país. Yoon está atualmente suspenso de suas funções após a aprovação de um processo de impeachment no Parlamento.

“As ordens de busca e prisão contra o presidente Yoon Suk Yeol [...] foram emitidas nesta manhã”, afirmou em comunicado o órgão responsável pela investigação conjunta contra ele. “Não foi definido nenhum cronograma para os próximos procedimentos”, acrescentou.

o Presidente Sul-Coreano Yoon Suk Yeol fala na residência presidencial em Seul, Coreia do Sul, em 14 de dezembro de 2024 Foto: Escritório Presidencial Sul-Coreano/Yonhap via AP, Arquivo

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Essa é a primeira vez na história da Coreia do Sul que um presidente no exercício do cargo, mesmo suspenso de suas funções, é alvo de uma ordem de prisão.

Embora a Assembleia Nacional tenha aprovado o impeachment de Yoon em 14 de dezembro, a decisão ainda precisa ser ratificada pelo Tribunal Constitucional, que tem até meados de junho para tomar uma decisão final.

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O líder conservador também enfrenta acusações criminais por insurreição, um crime que, na Coreia do Sul, pode ser punido com prisão perpétua ou pena de morte.

A ordem de prisão para Yoon foi apresentada por autoridades policiais sul-coreanas ao Tribunal de Seul na última segunda-feira, 30. A decisão se deu porque o presidente suspenso se recusou, pela terceira vez, a comparecer ao interrogatório policial sobre a sua fracassada tentativa de imposição da lei marcial, no último dia 3 de dezembro.

Yoon mergulhou o país em uma grave crise política ao declarar, de forma surpreendente, uma lei marcial na noite de 3 de dezembro e enviar o exército à Assembleia Nacional para impor sua implementação.

No entanto, com milhares de manifestantes nas ruas, os deputados da oposição conseguiram entrar no plenário e usar sua maioria para votar contra a lei, obrigando o presidente a recuar. /AFP

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