Kamala é vista como a ‘candidata da mudança’ nos Estados Unidos, diz pesquisa do ‘New York Times’

Segundo a sondagem, Kamala e Trump estão em empate técnico, apesar de ligeira vantagem para a democrata; vice-presidente ganhou terreno nos quesitos mudança, temperamento e confiança

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Por Redação
Atualização:

Faltando menos de um mês para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, os eleitores americanos tendem a acreditar mais que Kamala Harris, a vice-presidente dos Estados Unidos e candidata presidencial democrata, é a postulante a Casa Branca que mais representa a mudança, segundo uma pesquisa do jornal The New York Times em parceria com a Siena College, divulgada nesta terça-feira, 8.

De acordo com a enquete, Kamala está ganhando terreno em alguns aspectos importantes para os eleitores como mudança, temperamento e confiança. Apesar disso, o ex-presidente americano e candidato presidencial republicano, Donald Trump, ainda lidera no tema que os eleitores acreditam ser o mais importante: economia.

Kamala Harris e Donald Trump estão empatados tecnicamente a nível nacional, segundo uma pesquisa do The New York Times em parceria com a Siena College  Foto: Alex Brandon/AP

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Os dois candidatos ainda estão empatados tecnicamente, mas a pesquisa mostra que Kamala passou a liderar a corrida presidencial contra Trump, com 49% contra 46% do republicano. Esta é a primeira vez que Kamala toma a dianteira contra o republicano em uma pesquisa do The New York Times em parceria com a Siena College desde julho, quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, saiu da corrida presidencial e os democratas passaram a apoiar a candidatura da vice-presidente.

Na última enquete do Times/Siena, publicada no dia 19 de setembro, após o provável único debate entre os candidatos presidenciais, Trump e Kamala estavam empatados, com 47% cada.

O ex-presidente americano e candidato presidencial republicano, Donald Trump, discursa em Juneau, Wisconsin  Foto: Julia Demaree Nikhinson/AP

Mudança

O ex-presidente americano se apresentou como o candidato da mudança ao longo do processo eleitoral e tentou vincular Kamala a partes impopulares do governo Biden, como a alta inflação. Contudo, 46% dos entrevistados pela pesquisa acreditavam que ela representava a mudança, contra 44% de Trump. Nas últimas sondagens o republicano estava liderando neste aspecto.

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Entre eleitores não brancos e jovens Kamala também ganha de Trump no quesito mudança. 61% a 29% no primeiro caso e 58% a 34% no segundo.

A vice-presidente americana ganhou terreno entre eleitores do Partido Republicano. No mês passado, 5% dos eleitores do partido de Trump iriam votar na vice-presidente. Agora são 9%.

Kamala também é vista como mais honesta e confiável do que Trump, mas o republicano é considerado um líder mais forte.

A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, discursa em um comício de campanha em Flint, Michigan  Foto: Carolyn Kaster/AP

Vantagens de Trump

Apesar dos ganhos da vice-presidente americana, Trump lidera entre eleitores homens por 11 pontos. Além disso, 42% dos entrevistados acreditam que as políticas de Trump fizeram a diferença em suas vidas, em comparação com 22% de Biden.

A economia segue sendo o principal problema dos Estados Unidos, segundo a pesquisa. Aborto e imigração ocupam um distante segundo lugar. 75% dos entrevistados disse que a condição econômica do país estava razoável ou ruim, mesmo número que no mês passado.

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48% dos eleitores apontam que Trump lidaria melhor com a economia, contra 46% de Kamala. A vice-presidente melhorou nesse quesito e diminuiu a vantagem do republicano, que era de cinco pontos em setembro.

O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato presidencial republicano, Donald Trump, discursa durante um evento que relembra os ataques terroristas do Hamas, no dia 7 de outubro do ano passado  Foto: Chandan Khanna/AFP

Indecisão

De acordo com a pesquisa, a porcentagem de eleitores que têm opiniões favoráveis ou desfavoráveis sobre ambos os candidatos não mudou desde setembro. 17% dos eleitores estão indecisos e se dividiram igualmente quando foram perguntados quem votariam. Em setembro, 20% dos entrevistados estavam indecisos e o grupo havia se inclinado ligeiramente a favor de Trump.

As pesquisas nacionais são um bom termômetro dos sentimentos dos eleitores, mas não representam necessariamente uma indicação do resultado americano, que é medido pelo Colégio Eleitoral. Um candidato pode perder no voto popular e mesmo assim ganhar as eleições, como aconteceu com Trump em 2016 e George W. Bush em 2000.

Nos chamados swing states, Estados-pêndulo em português, definição dada aos Estados que não têm um comportamento eleitoral definido, podendo variar entre uma vitória democrata ou republicana, dependendo da eleição, a disputa está acirrada e indefinida./com NYT

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