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Kamala ou Trump, quem vai ganhar? Conheça oito caminhos possíveis na eleição dos EUA

A menos de 20 dias do Dia da Eleição, dizer que a disputa deverá ser apertada é trivial. Mas parece que a realidade é essa mesmo

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Por Lenny Bronner (The Washington Post) e Nick Mourtoupalas (The Washington Post)

De acordo com a média entre pesquisas elaborada pelo Washington Post, nem a vice-presidente Kamala Harris nem o ex-presidente Donald Trump tem preferência clara do eleitorado em Estados suficientes para obter os 270 votos eleitorais necessários para conquistar a presidência. Harris está à frente na Pensilvânia, no Michigan, em Wisconsin e Nevada, enquanto Trump lidera na Geórgia e no Arizona. Na Carolina do Norte, os candidatos estão empatados.

Mas com a ajuda das nossas médias entre pesquisas nós identificamos cinco caminhos prováveis para a Casa Branca com base nas posições de Harris e Trump nas sondagens. E também identificamos três caminhos menos prováveis, incluindo um empate no Colégio Eleitoral. (Esses caminhos não são tão prováveis quanto os outros cinco, mas ainda assim valem ser levados em conta, dada a proximidade da eleição.)

Lembre-se que esses cenários têm como base pesquisas atuais, portanto, se houver algum grande movimento nas intenções de voto entre o atual momento e o Dia da Eleição, suas probabilidades de se concretizar podem mudar. Nossos cenários foram ordenados aproximadamente do mais provável ao menos provável, mas não se fie tanto nisso. Neste momento, a probabilidade de Harris ou Trump vencer a disputa presidencial é a mesma.

Harris vence no Cinturão da Ferrugem — conquistando exatamente 270 votos eleitorais

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Neste momento, Harris está à frente em Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, de acordo com as nossas médias entre pesquisas, portanto este é o caminhou mais direto da vice-presidente até a vitória. O mapa eleitoral está mudando, e a importância desses Estados poderá desvanecer. Mas por agora esses Estados do “paredão democrata”, ou “Cinturão da Ferrugem”, especialmente Pensilvânia, são cruciais para o caminho de qualquer dos candidatos à Casa Branca.

Como isso ocorre: Dois fatores trabalham a favor de Harris. Primeiramente, em comparação com outras regiões do país, os democratas são mais fortes por aqui entre eleitores brancos sem diploma universitário. Isso se deve em ampla medida à longa história dos sindicatos na região e ao fato de religião não importar tanto para esses eleitores. Um exemplo esclarecedor: em 2020, os democratas perderam entre eleitores brancos sem grau universitário por 32 pontos porcentuais na Pensilvânia, contra 47 pontos no Texas.

Kamala cumprimenta apoiadores na Pensilvânia, parte do "Cinturão da Ferrugem", que pode garantir a vitória da democrata.  Foto: Jacquelyn Martin/Associated Press

Em segundo lugar, a fatia de eleitores negros por aqui é mais alta do que em qualquer outra região do Meio-Oeste (Pensilvânia tecnicamente não é parte do Meio-Oeste, mas pertence ao Cinturão da Ferrugem), e os votantes negros então entre os principais eleitorados do Partido Democrata. Em 2020, representaram cerca de 20% dos eleitores de Joe Biden.

Dificuldades: Apostar todas as fichas nesse caminho seria um arriscado para os democratas. Se vencer em todos os Estados tradicionalmente democratas em que Biden venceu em 2020 e apenas nesses três Estados do Cinturão da Ferrugem, Harris reunirá exatamente 270 votos eleitorais — o mínimo necessário para ganhar. Qualquer passo em falso, incluindo no 2.º Distrito Congressional do Nebraska, poderia lhe custar as eleições, mas falaremos sobre isso mais adiante.

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Trump conquista exatamente 270 votos eleitorais

Acabamos de descrever como Harris poderia ganhar a disputa presidencial com exatamente 270 votos eleitorais. Trump também tem seu próprio caminho para conquistar exatamente 270 votos eleitorais: Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia.

Como isso ocorre: Pesquisas demonstram como esse caminho poderia funcionar para Trump. Ele está atualmente à frente na Geórgia e, apesar de haver um empate na Carolina do Norte, é fácil imaginar Trump vencendo nesse Estado, como em 2016 e 2020. O Estado mais desafiador para o ex-presidente nesse cenário é a Pensilvânia, já que ele está atualmente atrás nas pesquisas por lá. Mas nossa média dá a Harris apenas uma pequena liderança, e algumas pesquisas, incluindo a mais recente realizada pelo Post no Estado, mostra um empate.

Donald Trump em comício na Georgia, Estado em que lidera de acordo com as pesqusias do Post e pode estar no seu caminho rumo aos 270 delegados.  Foto: Kevin Dietsch/Getty Images via AFP

Para conseguir isso, Trump precisaria desempenhar bem nos subúrbios, melhorando seus resultados de 2020. Ele conquistou 49% dos votos, contra 50% de Biden, nos condados suburbanos dos sete Estados indefinidos. Trump também precisaria melhorar suas margens nas áreas urbanas desses Estados, ou ao menos mantê-las. E, finalmente, precisaria ou manter suas votações nas regiões rurais desses Estados ou crescer, o que ele não conseguiu entre 2016 e 2020.

Dificuldades: Similarmente ao caminho de Harris até os 270 votos eleitorais, essa estratégia é arriscada para Trump, sem espaço para o erro. Esse cenário também dependeria de uma única circunscrição, o 2.º Distrito Congressional do Maine, que tende a oscilar entre republicanos e democratas apesar de Trump ter vencido por lá em 2016 e 2020.

Harris repete a vitória de Biden em 2020

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Se continuar a subir nas pesquisas, é bastante possível que Harris vença também no Arizona e na Geórgia, o que lhe permitiria repetir a vitória de Biden em 2020. É possível até que ela supere Biden e vença também na Carolina do Norte, pois nossa média entre pesquisas sugere que a disputa por lá poderá ser ainda mais apertada do que na Geórgia.

Como isso ocorre: O caminho de Harris nesses Estados é o mesmo de Trump no cenário anterior — mas com forças diferentes agindo em áreas diferentes. Por exemplo, Harris não precisa aumentar sua liderança nos subúrbios; precisa apenas manter as margens de Biden. Mas seria útil se ela conseguisse aumentar os ganhos nos subúrbios, já que por conta própria essas regiões não serão suficientes.

Harris também precisa manter seus índices altos nas regiões urbanas desses Estados. Como referência, Biden conquistou 61% dos votos nos condados urbanos desses Estados, portanto Harris precisará alcançar o mesmo índice ou superá-lo. Isso é especialmente verdadeiro em um Estado como a Geórgia, no qual a região atendida pelo metrô de Atlanta é responsável por uma grande fatia do eleitorado democrata no Estado. E, finalmente, Harris precisa garantir que seus índices nas regiões rurais não baixem demais. Em 2020, Biden recebeu 38% dos votos nos condados rurais desses Estados.

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Dificuldades: Há sinais de que Harris tem perdido votos de eleitores negros e hispânicos desde 2020. Uma pesquisa Washington Post-ABC-Ipsos realizada em agosto constatou 53% de apoio a Harris entre os eleitores hispânicos e 83% entre os eleitores negros, respectivamente 10 e 7 pontos mais baixos em comparação ao relatório pós-eleitoral da Catalist. Harris perder apoio entre eleitores negros e hispânicos pode tornar seu caminho para a vitória nesses Estados particularmente desafiador.

Trump vence no Cinturão do Sol — e em um Estado do Cinturão da Ferrugem

Outro caminho para a vitória de Trump é através dos dois Estados em que ele está atualmente à frente em nossas médias entre pesquisas: Geórgia e Arizona.

Mas ao contrário dos Estados em que Harris lidera, isso não seria suficiente para Trump conquistar os 270 votos eleitorais. Com base na margem do ex-presidente nesses dois Estados do Cinturão do Sol, porém, nossas médias entre pesquisas sugerem que ele também poderia vencer nos outros dois Estados do Cinturão do Sol. A disputa está atualmente empatada na Carolina do Norte, e a liderança de Harris em Nevada é por pouca margem. Para a infelicidade de Trump, isso também não seria suficiente para ele vencer. (O ex-presidente conquistaria 268 votos eleitorais assumindo-se que ele vença em todos os Estados tradicionalmente republicanos nos quais venceu em 2020.)

Isso significa que, além de ganhar no Cinturão do Sol, Trump precisa conquistar um dos três Estados do Cinturão da Ferrugem para chegar a 270 votos eleitorais. Qualquer um dos três Estados do Cinturão da Ferrugem funcionaria nesse cenário, mas com base nas duas últimas eleições e na demografia, Wisconsin pode ser o Estado em que o ex-presidente é mais forte no Cinturão da Ferrugem, ainda que, ironicamente, seja o Estado em que ele tem figurado pior nas pesquisas atualmente.

Como isso ocorre: Contanto que mantenha sua liderança no Arizona e na Geórgia, Trump tem um caminho para vencer em Nevada e na Carolina do Norte. A Carolina do Norte tem sido em geral um território amigável para os republicanos, com o partido conquistando arduamente pequenas vitórias em eleições federais, apesar das vitórias dos democratas em algumas eleições estaduais.

E Nevada de fato voltou para os braços do Partido Republicano em eleições recentes, ainda que os republicanos não vençam uma eleição presidencial por lá desde 2004. Além disso, Nevada e Arizona são parecidos eleitoralmente, com um número elevado de eleitores hispânicos. Portanto, se Trump mantiver sua liderança no Arizona, é bastante possível que ele vença em Nevada também.

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Vencer em um Estado do Cinturão da Ferrugem é um pouco mais complicado, já que Trump não tem figurado bem nas pesquisas por lá atualmente, mas existem alguns fatores demográficos capazes de funcionar ao seu favor em relação aos eleitores brancos. De acordo com pesquisas de 2020, Trump conquistou 52% dos eleitores brancos em Wisconsin, um Estado no qual ele perdeu por apenas 20 mil votos. Portanto, mesmo uma pequena melhora entre os eleitores brancos seria suficiente para ele virar o jogo. A outra opção seria melhorar amplamente entre os eleitores negros, mas as pesquisas não sugerem atualmente um realinhamento de tamanha magnitude.

Dificuldades: O caminho de Trump no Cinturão do Sol não será nada fácil, pois depende de Harris deixar de ganhar terreno por lá, onde ela tem avançado desde que assumiu como cabeça de chapa do Partido Democrata.

Mas um problema ainda maior para Trump poderia ser conquistar um Estado do Cinturão da Ferrugem. A vantagem de Harris é mais consolidada nesses Estados, segundo pesquisas, e uma sondagem recente nesses Estados realizada pela renomada especialista em pesquisas Ann Selzer constatou Harris perdendo em Iowa, um Estado com bastante eleitorado branco, por apenas 4 pontos porcentuais. Se isso for verdadeiro, será difícil para Trump abrir caminhos internos até os eleitores brancos de que ele precisa em um Estado como Wisconsin, que é vizinho de Iowa.

Trump repete sua vitória de 2016

Esse era o caminho mais claro de Trump para a Casa Branca, até que Harris aceitou a indicação do Partido Democrata para a disputa presidencial. Desde então, a melhora da vice-presidente nas pesquisas dificultou esse caminho para ele, mas considerando que a liderança de Harris fique dentro de uma margem de erro considerada normal, Trump ainda poderia vencer facilmente nesse caminho.

Como isso ocorre: Trump é historicamente popular entre eleitores brancos sem diploma universitário, e Pensilvânia, Michigan e Wisconsin têm mais eleitores dessa categoria do que a média nacional. De acordo com pesquisas de 2020, eles compunham 45% dos eleitorado na Pensilvânia, 52% no Michigan e 56% em Wisconsin, em comparação com apenas 35% nacionalmente.

Também não seria um grande erro das pesquisas eleitorais nesses Estados colocá-los na coluna de Trump. Afinal, isso já ocorreu. Em 2016, Hillary Clinton figurava 5 pontos porcentuais à frente de Trump nas pesquisas em Wisconsin no Dia da Eleição, de acordo com o website FiveThirtyEight, mas Trump acabou vencendo no Estado por menos de 1 ponto. E, apesar de ter vencido em Wisconsin em 2020, Biden alcançou menos de 1 ponto porcentual de vantagem ainda que nas pesquisas realizadas no Dia da Eleição ele figurasse 8 pontos à frente de Trump.

Dificuldades: As poucas pesquisas posteriores ao debate que temos apontam para a direção de Harris, incluindo em Estados como Michigan, o que pode significar que a liderança dela nesses Estados pode eventualmente se ampliar para além de uma margem de erro normal. Contudo, mesmo se as pesquisas errarem novamente no atual ciclo, não há nenhum motivo para assumir que um erro favoreceria Trump novamente.

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Harris conquista o Cinturão do Sol

Agora entraremos nos cenários menos prováveis com base nas atuais pesquisas, mas disputas eleitorais — especialmente tão apertadas quanto esta — podem ser imprevisíveis. Esse caminho atualmente é o mais desafiador para Harris, mas é impossível ela conquistar a presidência vencendo apenas no Cinturão do Sol, que seria o inverso do Cenário Um, no qual ela vence apenas no Cinturão da Ferrugem.

Uma combinação entre Nevada, Arizona, Geórgia e Carolina do Norte daria a Harris 275 votos eleitorais, cinco a mais do que ela precisaria para vencer. É importante notar, porém, que ela teria de conquistar todos esses quatro Estados. Nevada, o menor deles, assinala seis votos eleitorais, portanto perder esse Estado lhe custaria a maioria no Colégio Eleitoral.

Como isso ocorre: Se continuar figurando bem nas pesquisas no Cinturão do Sol, é possível que Harris assuma a liderança nesses Estados, mas no cenário com o caminho mais claro para ela chegar à Casa Branca através do Cinturão do Sol, o que significaria que ela perdeu bastante terreno no Cinturão da Ferrugem, já que ela é atualmente mais forte por lá. Conforme descrito acima, contudo, isso poderia ocorrer dependendo da maneira que as visões dos eleitores brancos sem grau universitário mudar entre agora e o Dia da Eleição e da medida em que Harris perder popularidade entre eleitores negros em comparação a 2020.

Dificuldades: Dados os atuais resultados das pesquisas, esse cenário não parece provável particularmente. Mas uma pequena melhora de Harris nas pesquisas e um tipo de erro à la 2016 ou 2020 seriam o suficiente para isso ocorrer.

Trump conquista o Cinturão da Ferrugem — e um Estado do Cinturão do Sol que não seja Nevada

De maneira similar ao cenário anterior favorável a Harris, esse é o caminho mais desafiador para Trump. Mas ainda é possível que ele chegue à presidência conquistando o Cinturão da Ferrugem e um Estado do Cinturão do Sol, o inverso do Cenário Dois, no qual ele conquista o Cinturão do Sol e um Estado do Cinturão da Ferrugem.

Um adendo importante para esse cenário: que o Estado do Cinturão do Sol no qual Trump vença não seja Nevada, já que sua vitória por lá ocasionaria um empate no Colégio Eleitoral. Um ponto adicional: esse cenário e o Cenário Quatro ilustram por que o caminho de Trump até a Casa Branca é um pouco mais complicado. Nem os três Estados do Cinturão da Ferrugem nem os quatro Estados do Cinturão do Sol são suficientes, por conta própria, para garantir a presidência a Trump. Nesses cenários o ex-presidente sempre precisa de um Estado adicional para conseguir mais de 270 votos eleitorais.

Como isso ocorre: Conforme mencionamos no cenário em que Trump repete sua vitória de 2016, o ex-presidente possui historicamente uma vantagem entre eleitores brancos sem diploma universitário. O fato, também, desses eleitores constituirem uma parte desproporcional do eleitorado na Pensilvânia, no Michigan e em Wisconsin trabalha ao seu favor. E quando levamos em conta o fator de que Trump figura atualmente à frente de Harris no Arizona e na Geórgia, não seria inconcebível prever esse caminho para o ex-presidente retornar à Casa Branca, caso ele arrebente o paredão democrata.

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Dificuldades: Similarmente ao cenário em que Harris conquista inteiramente o Cinturão do Sol, esse cenário não parece provável particularmente, dadas as atuais pesquisas. Mas, novamente, um erro nas pesquisas parecido aos que vimos nos últimos dois ciclos poderia produzir um desfecho assim.

Um empate no Colégio Eleitoral

Finalmente, seria negligência de nossa parte não mencionar a possibilidade de um empate no Colégio Eleitoral. É verdadeiro que esse prospecto é mais que uma obsessão nerd — como convenções contestadas — e dada a proximidade da eleição, trata-se de um cenário para o qual nós devemos estar preparados.

Isso pode ocorrer de diversas maneiras, mas os cenários mais relevantes envolvem os dois Estados que assinalam diferentemente seus votos eleitorais: Maine e Nebraska. Eles não adotam o estilo “o vencedor leva tudo”; em vez disso, permitem que os candidatos recebam votos eleitorais individuais quando eles conquistam diferentes distritos congressionais.

Isso significou que, em 2020, Biden venceu no 2.º Distrito Congressional do Nebraska, que contém Omaha e seus subúrbios ao mesmo tempo que Trump ganhou no Estado por quase 20 pontos. Similarmente, no Maine, Trump venceu no 2.º Distrito Congressional ao mesmo tempo que Biden ganhou no Estado por 9 pontos. Mas se os republicanos forem bem-sucedidos em alterar a maneira que o Nebraska assinala seus votos, esse cenário se tornaria de fato mais provável, porque então Harris vencendo na Pensilvânia, em Wisconsin e no Michigan nos levaria diretamente a esse desfecho.

Como isso ocorre: Se conquistar Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, Harris obterá exatamente 270 votos eleitorais. Mas se ela perder no 2.º Distrito Congressional do Nebraska haverá um empate no Colégio Eleitoral. Ambos os candidatos obteriam 269 votos eleitorais, conforme ilustrado no mapa acima. O mesmo ocorreria se Trump vencesse na Pensilvânia, na Geórgia e na Carolina do Norte mas perdesse no 2.º Distrito Congressional do Maine. Mas não é apenas por meio dos distritos congressionais que isso pode ocorrer. Conforme descrevemos no Cenário Sete, se Trump conquistar todos os Estados do Cinturão da Ferrugem e Nevada nós também terminaremos em um empate.

Dificuldades: Nenhum desses cenários é provável particularmente. Biden venceu no 2.º Distrito Congressional do Nebraska por 6,5 pontos em 2020, o que significa que para Trump vencer nessa circunscrição neste ano Harris teria de desempenhar tão mal entre os eleitores com grau universitário e moradores de subúrbios que é difícil imaginar ela manter-se firme em Michigan, Pensilvânia ou Wisconsin.

Por outro lado, Trump venceu no 2.º Distrito Congressional do Maine por mais de 7 pontos porcentuais, portanto, se perdesse a circunscrição neste ano, ele teria de desempenhar tão mal em regiões rurais do país que seria surpreendente ele manter Carolina do Norte, Geórgia ou Pensilvânia.

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Mas mesmo que nenhum desses cenários seja provável é importante saber que, se houver um empate no Colégio Eleitoral, a Câmara dos Deputados decidirá a eleição e provavelmente Trump vence nessa situação. Os deputados votam por delegações estaduais e, com base nas atuais pesquisas, os republicanos deverão continuar detendo a maioria das delegações da Casa após a eleição. / TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

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