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Kremlin diz que tanques aumentarão sofrimento na Ucrânia: ‘vão queimar como todos os outros’

Porta-voz de Vladimir Putin, Dmitri Peskov fez declarações à imprensa nesta quarta-feira, 25, e disse que ocidente supervaloriza capacidade de seus equipamentos militares

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Por Redação
Atualização:

KIEV ― Em meio às tratativas de EUA e Alemanha para o envio de tanques modernos para à Ucrânia, o Kremlin afirmou, nesta quinta-feira, 25, que as novas armas ocidentais só vão conseguir levar “mais sofrimento” ao país do Leste Europeu, invadido pela Rússia há quase um ano. Em entrevista a jornalistas, o porta-voz de Vladimir Putin, Dmitri Peskov, disse que os blindados cedidos a Kiev “vão queimar, como todos os outros”.

“[O Ocidente] superestima o potencial que [os tanques] podem dar ao Exército ucraniano”, disse Peskov, antes de completar: “Esses tanques vão queimar, como todos os outros. São muito caros”.

O porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, afirmou que tanques ocidentais só aumentarão o sofrimento da Ucrânia. Foto: Valeriy Sharifulin/ Sputni/ Kremlin via EFE

As negociações sobre o envio de tanques alemães Leopard 2 e M-1 Abrams, de fabricação alemã e americana, respectivamente, esquentaram na terça-feira, 24, quando um acordo parecia se desenhar. O chanceler alemão, Olaf Scholz, comprometeu-se com um envio inicial de 14 tanques, condicionando a entrega a um compromisso dos EUA de também mandar alguns de seus blindados pesados.

Segundo o The New York Times, citando assessores do presidente americano, Joe Biden, o anúncio do envio dos tanques M-1 será feito ainda nesta quarta-feira, 25.

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A crítica de Peskov sobre o impacto dos tanques em solo ucraniano foi feita em uma entrevista à CNN americana. “Infelizmente, mais armas da Otan trazem mais sofrimento para as pessoas na Ucrânia. Também traz mais tensão ao continente. Mas não pode impedir a Rússia de atingir nossos objetivos”, disse o porta-voz.

O Kremlin já havia afirmado, antes do acordo avançar, que o eventual fornecimento de tanques alemães à Ucrânia deixaria uma “marca indelével” no futuro da relação entre Berlim e Moscou. Anteriormente, ele também já havia dito que as armas ocidentais entregues à Ucrânia servirão apenas para prolongar o conflito e o sofrimento dos civis ucranianos./ Com AFP

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