SANTIAGO - O líder opositor venezuelano Leopoldo López, libertado nesta terça-feira, 30, de sua prisão domiciliar por militares que apoiam Juan Guaidó, se transferiu com a mulher e um de seus três filhos da Embaixada do Chile em Caracas para a da Espanha, informou a chancelaria chilena. A família havia buscado refúgio na representação chilena mais cedo, onde foram recebidos na condição de "hóspedes".
"Lilian Tintori e Leopoldo López - de ascendência espanhola - se transferiram para a Embaixada da Espanha. Foi uma decisão pessoal, considerando que nossaembaixada já tinha hóspedes", informou o chanceler chileno, Roberto Ampuero.
Preso em 2014, López cumpria desde 2017 sob prisão domiciliar uma sentença de quase 14 anos de regime fechado, por incitar protestos violentos contra o governo Maduro.
No início da rebelião nesta terça-feira contra o presidente, Guaidó apareceu em La Carlota, a principal base aérea no país, com um pequeno grupo de uniformizados e Leopoldo López, que disse ter sido "libertado" pelos militares de sua prisão domiciliar.
Na mesma residência diplomática do Chile em Caracas, o parlamentar opositor Freddy Guevara é mantido como "hóspede" há um ano e cinco meses.
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Cinco outros juízes venezuelanos também foram recebidos na residência chilena, mas conseguiram deixar o país. Atualmente, encontram-se no Chile, sob asilo político.
O Chile faz parte do Grupo de Lima, que nesta terça-feira anunciou uma reunião de emergência. Criado em 2017 por uma dúzia de países da América, incluindo o Canadá, o grupo procura uma solução pacífica para a crise na Venezuela. / AFP e EFE