Li Qiang, aliado de Xi Jinping, é nomeado primeiro-ministro na China

Foram 2.936 votos a favor do ex-chefe do Partido Comunista em Xangai

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Por Redação
Atualização:

Li Qiang, considerado um dos confidentes mais próximos do presidente Xi Jinping, foi nomeado o novo primeiro-ministro da China neste sábado, 11. O ex-chefe do Partido Comunista em Xangai, que supervisionou os meses caóticos da política ‘covid-zero’, sucedeu Li Keqiang, no cargo desde 2013.

O líder de 63 anos recebeu quase todos os votos dos mais de 2.900 delegados reunidos na sessão anual do Congresso Nacional do Povo (NPC). Isso veio um dia depois que Xi garantiu um terceiro mandato de cinco anos como líder do estado.

Li Qiang, um dos aliados mais confiáveis do presidente chinês Xi Jinping, foi confirmado como primeiro-ministro chinês neste sábado, 11. Foto: Noel Celis/AFP

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O primeiro-ministro da China preside o Conselho de Estado e as suas funções estão tradicionalmente ligadas à administração cotidiana do país e à direção da política macroeconômica. A resolução de Xi de nomear Li Qiang como primeiro-ministro foi lida em voz alta na grande sala do Grande Salão do Povo, em Pequim.

Durante a votação, que resultou em 2.936 votos a favor, três contra e oito abstenções, Xi e Li mostraram cumplicidade, trocando sorrisos e simpatias.

A ascensão de Li apareceu em perigo após seu tratamento do confinamento de Xangai, a cidade e o centro econômico mais populoso da China, cujos residentes lutaram para ter acesso a alimentos e cuidados médicos. No entanto, esta história foi posta de lado na estratégia de Xi de se cercar de aliados leais nos escalões superiores do poder. Em outubro, ele foi promovido a número dois do Partido Comunista.

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A confiança de Xi

Ao contrário da maioria de seus predecessores, Li Qiang não tem experiência de governo central, mas tem ampla experiência em administração local, comandando as províncias costeiras de Zhejiang e Jiangsu, no leste.

Li, que começou sua carreira como operador de estação de bombeamento de irrigação, foi chefe de pessoal de Xi quando liderou o partido em Zhejiang entre 2004 e 2007. Suas rápidas promoções desde então refletem o alto nível de confiança depositado nele pelo poderoso presidente chinês, o que o levou a se tornar secretário do partido em Xangai, em 2017.

Antes da pandemia, Li construiu uma reputação em Xangai e Zhejiang amigável com a indústria privada, mesmo quando Xi impôs controles políticos mais rígidos e restrições anticovid, assim como mais controle sobre o comércio eletrônico e outras empresas de tecnologia.

Como primeiro-ministro, Li será encarregado de reavivar uma economia em uma época de desaceleração, enfraquecida, ainda emergindo da pandemia do coronavírus e confrontada com a fraca demanda global por exportações, as altas persistentes das tarifas americanas, a diminuição da força de trabalho e o envelhecimento da população.

Para 2023, o governo estabeleceu uma meta de crescimento do PIB de “cerca de 5%”, uma das mais baixas em décadas.

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No sábado, os deputados também nomearam Zhang Youxia e He Weidong como vice-presidentes da Comissão Militar Central, que Xi preside, e Zhang Jun para o cargo de chefe de justiça da Suprema Corte. Além disso, Liu Jinguo torna-se chefe da Comissão Nacional de Supervisão, o órgão encarregado da luta contra a corrupção/AFP e AP

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