Líder chavista nega hipótese de reunião entre Lula, Petro e Obrador com Maduro

Ministro das Relações Exteriores da Colômbia havia mencionado possibilidade de uma conversa virtual entre os líderes para tratar sobre crise pós-eleitoral na Venezuela

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Por Redação

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, um dos principais nomes da ditadura chavista, negou nesta quarta-feira, 5, que o presidente Nicolás Maduro esteja planejando participar de uma reunião com os presidentes do Brasil, Colômbia e México para discutir a crise pós-eleitoral no país caribenho.

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Cabello contrariou a declaração do ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, que disse na terça-feira que Maduro “provavelmente” realizaria uma reunião virtual com o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o colombiano Gustavo Petro, que lideram os esforços para uma negociação entre o ditador venezuelano e a oposição após as denúncias de fraude nas eleições de 28 de julho, em que Maduro foi proclamado reeleito.

“Esse homem acredita que pode vir e enfiar o nariz na Venezuela”, criticou Cabello em seu programa semanal de televisão. “Esse é o chanceler da Colômbia, mas, na verdade, ele não é o chanceler da Colômbia, é o chanceler dos Estados Unidos na Colômbia”, disse.

Nicolás Maduro, gesticula ao fazer um discurso durante um comício em Caracas Foto: Pedro Rances Mattey/AFP

“Ele acha que pode dizer ‘estamos coordenando uma reunião entre Colômbia, Brasil e México para discutir a questão da Venezuela’. Como é? Nós, venezuelanos, discutimos a questão da Venezuela”, continuou ele. “(Ele começa) contando mentiras e coordenando uma reunião, o mesmo presidente (mexicano Andrés Manuel) López Obrador saiu dizendo ‘não temos reunião’”.

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Obrador foi muito ativo no início nestes esforços, embora mais tarde se tenha distanciado.

Considerados próximos do atual governo venezuelano, Lula e Petro expressaram na terça-feira “profunda preocupação” com o mandado de prisão emitido pela justiça venezuelana contra Edmundo González Urrutia, rival de Maduro em julho.

Lula já tinha endurecido o seu discurso contra Maduro, quando na semana passada disse que não reconhecia a sua vitória, embora a da oposição também não, alinhando-se com uma dezena de países latino-americanos, os Estados Unidos e a União Europeia que rejeitam a validação da vitória do presidente socialista. /AFP

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