Líder supremo do Irã elogia paramilitares por repressão violenta a dissidentes do governo

Ali Khamenei diz que manifestantes, que protestam desde de setembro após morte de jovem pela polícia moral, são ‘ferramentas dos EUA’ e ‘mercenários’

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Por Redação
Atualização:

BAGDÁ - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, elogiou neste sábado, 26, paramilitares da Basij, responsáveis por reprimir com violência os protestos no País, que começaram em setembro após uma jovem sob custódia da polícia moral do país ser morta - ela foi detida sob a alegação de que usava o véu obrigatório para mulheres de maneira errada.

Imagem retirada do Twitter mostra protesto em Zahedan; morte de mulher pela polícia gera atos reprimidos com violência Foto: AFP

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Khamenei dirigiu-se a membros da milícia voluntária da Guarda Revolucionária de elite e reiterou informações sem fundamento de que os manifestantes que protestam em todo o país são “ferramentas dos EUA” e “mercenários”.

“(O) Basij não deve esquecer que o principal confronto é com a hegemonia global”, disse Khamenei, referindo-se aos EUA.

Exaltando as virtudes militares e sociais dos Basij ao longo das décadas, Khamenei disse que as forças “se sacrificaram para salvar as pessoas de um bando de desordeiros e mercenários”, referindo-se à recente agitação em todo o país. “Eles se sacrificaram para enfrentar a opressão.”

A feroz repressão do Irã já teria matado pelo menos 448 pessoas e deteve mais de 18 mil, de acordo com o Human Rights Activists in Iran, um grupo que monitora as manifestações. O Irã não informou o número de mortos ou o total de pessoas presas.

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As manifestações começaram após a morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, enquanto estava sob custódia policial. Ela foi presa pela Patrulha de Orientação, uma polícia da moralidade, por não usar um hijabe (lenço na cabeça) corretamente.

O assassinato da jovem desencadeou protestos contra o véu obrigatório, mas rapidamente se transformou em um dos maiores desafios para a teocracia do Irã desde os anos caóticos após a Revolução Islâmica de 1979. | AP

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