PARIS - A líder francesa de extrema direita Marine Le Pen e uma dúzia de aliados na Europa, incluindo o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, divulgaram uma "declaração comum" nesta sexta-feira, 2, para tentar construir uma aliança no Parlamento Europeu.
“O acordo deste dia é a primeira pedra para a constituição de uma grande aliança” diz a carta, publicada pelo partido Grupo Nacional (RN, na sigla em francês), de Marine Le Pen.
Entre os signatários estão o chefe da Liga italiana Matteo Salvini, o chefe do partido Polonês Lei e Justiça Jaroslaw Kaczynski, o patrono da Vox na Espanha Santiago Abascal ea chefe da Fratelli d'Italia (neo-fascista) Giorgia Meloni.
Estes partidos não pertencem aos mesmos grupos no Parlamento Europeu. O RN e a Liga pertencem ao grupo Identidade e Democracia (ID), enquanto Lei e Justiça, Vox e Fratelli d'Italia pertencem ao grupo Conservadores e Reformistas (CRE).

O Fidesz, de Orbán, deixou o grupo do Partido Popular Europeu em março e está em busca de uma nova referência no parlamento.
Esta declaração “é uma etapa suplementar para a construção de uma aliança sólida, ampliada e alternativa à esquerda antiliberal dos impostos, da imigração selvagem”, declarou Matteo Salvini.
Segundo Le Pen, em nota anexa ao documento, a carta estabelece "as bases de uma obra cultural e política comum, que respeite o papel dos grupos políticos atuais."
Le Pen concorrerá nas eleições presidenciais francesas de 2022, competindo diretamente com o presidente Emmanuel Macron, de acordo com algumas pesquisas.
Segundo os signatários da declaração comum, a União Europeia insiste numa “via federalista” e, por isso, é imprescindível “associar-se para influenciar ainda mais os debates e reformar o bloco." /AFP