PUBLICIDADE

Líderes do G-7 prometem fazer ‘definhar a máquina de guerra’ da Rússia

Grupo emitiu um comunicado em conjunto e prometeu concentrar esforços para continuar ajudando a Ucrânia

PUBLICIDADE

Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL A HIROSHIMA, JAPÃO - Os líderes do Grupo dos Sete (G-7) afirmaram em comunicado que prometem “definhar a máquina de guerra da Rússia”, em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, 19.

A intenção da cúpula é restringir o acesso de Moscou à toda a tecnologia do G-7, a equipamentos industriais e a serviços que suportam a máquina de guerra russa.

O grupo também anunciou que deve sancionar grupos acusados de transportar material de guerra para Moscou.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro Fumio Kishida participam de uma sessão de fotos no Santuário de Itsukushima durante a cúpula dos líderes do G7 em Hatsukaichi, província de Hiroshima, oeste do Japão Foto: via REUTERS / via REUTERS

PUBLICIDADE

O G-7 já havia concordado anteriormente em adicionar mais sanções econômicas contra a Rússia, além de renovar o compromisso de fornecer “suporte financeiro, humanitário, militar e diplomático” para a Ucrânia.

A cúpula acrescentou que conseguiu “reduzir drasticamente” a sua dependência no setor de energia e commodities de Moscou.

“Estamos determinados a continuar neste caminho”, afirmaram os líderes em comunicado. “Reduziremos ainda mais a dependência de bens nucleares civis e relacionados da Rússia, inclusive trabalhando para ajudar os países que buscam diversificar seus suprimentos”, afirmou.

Estados Unidos

Segundo informações da AP, um funcionário dos Estados Unidos afirmou sob condição de anonimato que Washington deve sancionar cerca de 70 entidades russas e de outros países que estariam envolvidos na produção de defesa da Rússia.

Publicidade

O funcionário acrescentou que as outras nações do G7 tomariam medidas semelhantes para isolar ainda mais a Rússia e minar sua capacidade de travar uma guerra na Ucrânia.

Sanções contra os diamantes russos

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que a União Europeia deve costurar um plano para restringir o comércio de diamantes russos. A indústria de diamantes da Rússia, que tem o comércio avaliado entre 4 e 5 bilhões de dólares por ano (19,8 e 24,8 bilhões de reais) e representa uma importante fonte de receita para o Kremlin.

O Reino Unido também anunciou novas sanções que congelam os bens de 86 pessoas e organizações ligadas aos setores de energia, metais, defesa, transporte e financeiro da Rússia.

“Precisamos dar à Ucrânia as ferramentas agora para se defender com sucesso e recuperar a soberania total e a integridade territorial. Devemos fornecer à Ucrânia o apoio militar e financeiro necessário. E temos que fazer isso pelo tempo que for necessário”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Zelenski

O secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksiy Danilov, confirmou em rede nacional que o presidente da Ucrania, Volodmir Zelenski, participaria da cúpula.

O presidente da Ucrania, Volodmir Zelenski, conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyem em um encontro em Kiev, Ucrânia  Foto: Stepan Franko / EFE

“Temos certeza de que nosso presidente estará onde a Ucrânia precisa dele, em qualquer parte do mundo, para resolver a questão da estabilidade de nosso país”, disse Danilov nesta sexta-feira. “Muitos assuntos importantes serão decididos lá, então a presença física é uma crucial para defender nossos interesses.”

O presidente ucraniano está na Arábia Saudita para participar de uma cúpula de líderes árabes./ Com AP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.