Lula: ação de Israel em Gaza é ‘vingança desumana’

Presidente condenou a guerra no enclave palestino, lançada em resposta ao atentado de 7 de outubro, e lamentou o enfraquecimento das Nações Unidas: ‘não pode tomar decisões’

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Foto do author Caio Spechoto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “vingança desumana” a resposta de Israel aos ataques do Hamas na Faixa de Gaza. Ele deu a declaração em entrevista à CNN internacional divulgada nesta sexta-feira, 8.

“O que não é correto é a gente ver um Estado forte como Israel acabar com o povo que mora na Faixa de Gaza”, disse o presidente brasileiro. “Nós condenamos o Hamas quando ele invadiu Tel-Aviv. E ao mesmo tempo condenamos Israel contra essa vingança desumana que fez na Faixa de Gaza. Lamentavelmente a ONU está enfraquecida, não pode tomar decisões”, declarou o petista.

Lula falou sobre a guerra em Gaza, que chamou de 'vingança desumana' em entrevista à CNN internacional. Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

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O governo bate com frequência na tecla da reforma do sistema multilateral, com ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas que inclua o Brasil. O pleito da diplomacia brasileira é histórico, mas está longe de ser considerado factível.

Lula classificou no mês passado como “inexplicável” a incapacidade do Conselho de Segurança das Nações Unidas em resolver o conflito na Faixa de Gaza. “Sinceramente, é inexplicável que o conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel sente numa mesa para conversar ao em vez de só saber matar”, disse a jornalistas em visita ao México, onde participou da posse da presidente Claudia Sheinbaum.

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Ao mesmo tempo, Lula insiste nas críticas a Israel pela guerra que deixou mais de 45 mil mortos na Faixa de Gaza. O conflito foi desencadeado pelo ataque terrorista sem precedentes do Hamas ao Estado judeu e ameaça escalar para uma guerra total no Oriente Médio, com a incursão das tropas israelenses no Líbano, ondem combatem o Hezbollah, e a tensão com o Irã.

Lula acusou Israel de “terrorismo” e de “genocídio” repetidas vezes ao se referir ao conflito. No pior momento para a relação Brasil-Israel na última década, o presidente foi declarado persona non grata por comparar a ação militar israelense no enclave palestino ao Holocausto, que exterminou 6 milhões de judeus.

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