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Lula diz que Celso Amorim foi à Ucrânia para ouvir Zelenski sobre soluções para o fim da guerra

Presidente volta a defender negociação para o fim do conflito em reunião com premiê holandês Mark Rutte, que elogia papel do Brasil desde que não haja concessões que afetem a soberania da Ucrânia

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira, 9, após reunião com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, que a viagem de seu assessor para assuntos internacionais Celso Amorim à Ucrânia tem como objetivo descobrir quais as condições do governo do presidente Volodmir Zelenski para um possível fim da guerra com a Rússia. Segundo Lula, Amorim, que deve se reunir com o líder ucraniano na quarta-feira, já teve uma discussão similar com o presidente russo, Vladimir Putin.

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“Hoje o Celso Amorim chegou na Ucrânia. Já tinha ido à Rússia. Ele viajou 12 horas de trem para chegar na Ucrânia. Espero que o Celso me traga não a solução, mas indícios de soluções para que a gente possa começar sobre paz”, disse o presidente. “Ele já sabe o que o Putin quer, agora vai saber o que quer o Zelenski E aí vamos ter instrumentos para conversar com outros países e quem sabe para essa guerra.”

Rutte foi mais cauteloso. O premiê holandês elogiou a iniciativa brasileira de tentar intermediar negociações de paz na Ucrânia, mas deixou claro que qualquer proposta deve levar em conta a soberania da Ucrânia.

Lula e o premiê holandês Mark Rutte em reunião em Brasília  Foto: EVARISTO SA / AFP

“O presidente (Lula) explicou em detalhes os passos tomados pelo Brasil e esses passos potencialmente são importantes para encontrar soluções”, disse Rutte. “Mas, para entrar nesse tipo de discussão, tudo deve começar com (a anuência) da presidência da Ucrânia.”

Ainda de acordo com Rutte, é importante que outros países ricos incluam o Brasil na cena mundial novamente. Segundo ele, o País tem potencial para ajudar europeus e americanos a encontrar soluções em temas mundiais.

Após ter sido criticado por dizer que ‘os dois lados tinham culpa no conflito’ e por manter uma posição de neutralidade que, na prática, evitava condenar a invasão russa, Lula desta vez criticou a violação da soberania territorial da Ucrânia.

“A Ucrânia efetivamente não pode aceitar a ocupação de seu território, tem que resistir. A União Europeia tem sua razão de tomar a decisão que tomou. E o Brasil outros países tem sua razão de tentar encontrar o meio termo”, concluiu o petista.

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