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Lula diz que libertação de Assange é ‘vitória da democracia’

Presidente descreveu que mundo está ‘menos injusto’ com a soltura do fundador do WikiLeaks, que se declarará culpado na acusação de espionagem em um acordo com a Justiça dos EUA

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Foto do author Sofia  Aguiar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a soltura do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, mesmo que “tardia”, como uma “vitória democrática”. Segundo o petista, após a libertação, o mundo está “melhor” e “menos injusto”.

“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso”, escreveu o chefe do Executivo em publicação no X, antigo Twitter, nesta terça-feira, 25. “Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, acrescentou Lula.

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Na segunda-feira, 24, foi relevado um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em que Assange se declarará culpado na acusação de espionagem e roubo de documentos sigilosos. O trato põe fim a uma longa saga jurídica e permitirá que Assange volte a morar na Austrália.

Assange deve comparecer na quarta-feira, 26, ao tribunal federal nas Ilhas Marianas, um território dos Estados Unidos no Pacífico Ocidental, para se declarar culpado de uma acusação criminal de espionagem, por conspirar para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais de defesa nacional, disse o Departamento de Justiça em uma carta apresentada em corte. Após a audiência, ele estará oficialmente livre das acusações.

Assange deve comparecer na quarta-feira, 26, ao tribunal federal nas Ilhas Marianas para se declarar culpado de uma acusação criminal de espionagem. Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

Lula apoiou publicamente a luta de Assange desde que o australiano foi preso pela primeira vez em dezembro de 2010, como parte de uma investigação por estupro e agressão sexual de duas mulheres suecas.

Assange “desnuda a diplomacia que parecia inatingível, parecia a mais certa do mundo, e aí começa uma busca (para prendê-lo) (...) e não vi um voto de protesto”, destacou Lula naquela época.

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