Lula sobre Trump tirar EUA de acordo de Paris: ‘Ele tem que pensar como habitante do planeta Terra’

Presidente brasileiro deu a declaração em entrevista à CNN dos Estados Unidos

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Foto do author Caio Spechoto

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em entrevista à CNN dos Estados Unidos que o presidente eleito do país, Donald Trump, precisa pensar como um habitante do planeta Terra ao tomar medidas relacionadas ao meio ambiente. Lula deu a declaração depois de questionado se achava que Trump tirará os EUA do acordo climático de Paris de novo, como fez em seu primeiro governo.

“Penso que o presidente Trump tem que pensar como um habitante do planeta Terra”, declarou o petista. Ele mencionou que os Estados Unidos são o país mais rico e mais poderoso do mundo, mas que isso não impede o local de sofrer com as consequências das mudanças climáticas. “Ele está no mesmo planeta que eu estou”, disse.

Montagem com fotos de Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva. Fotos: Wilton Junior/Estadão e Evan Vucci/AP Photo Foto: Fotos: Wilton Junior/Estadão e

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Lula defendeu que todos tenham responsabilidade pela preservação do planeta, e mencionou a meta de aquecimento máximo de 1,5 grau Celsius do planeta, presente no Acordo de Paris. “Esse é um compromisso não só como presidente do Brasil, mas como ser humano de um planeta chamado Terra”, afirmou o petista.

Na quarta-feira, 6, Lula havia parabenizado Trump pela eleição. Na semana anterior, antes da votação nos EUA, Lula deu uma entrevista ao canal francês TF1, declarando apoio à democrata Kamala Harris. O petista aproveitou a ocasião para atacar o republicano, associando Trump a episódios de violência política e risco à democracia. “É o nazismo e o fascismo voltando a funcionar com outra cara”, disse na entrevista, em referência aos ataques no Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

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Lula também declarou à emissora francesa que a vitória de Kamala seria uma forma de fortalecer a democracia nos EUA. “Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que era impensável de acontecer nos EUA, porque os EUA se apresentavam ao mundo como um modelo de democracia. Esse modelo ruiu”, opinou.

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