Maduro é oficializado candidato à reeleição na Venezuela

Eleições no país foram antecipadas para o primeiro trimestre em meio à grave crise econômica e a oposição ainda não decidiu se participará da votação

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CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi proclamado candidato da situação para tentar a reeleição nas presidenciais antecipadas para antes de 30 de abril. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira dois, Diosdado Cabello, no congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Eleições no país foram antecipadas para o primeiro trimestre em meio à grave crise econômica e a oposição ainda não decidiu se participará da votação. 

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Vestindo camisa vermelha e acompanhado da primeira-dama, Cilia Flores, Madurorecebeu o estandarte do PSUV, em meio a um sonoro "sim", proferido por mais de 500 delegados do partido, que responderam a uma pergunta de Cabello sobre a candidatura do presidente.

Nicolás Maduro é indicado candidato à reeleição pelo chavismo Foto: AFP PHOTO / Venezuelan Presidency

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"Era lógico, total e absolutamente lógico, que o candidato da revolução bolivariana para estas eleições seja Nicolás Maduro. Um irmão, um companheiro de conduta revolucionária irrepreensível (...). Vamos vencer, não tenho dúvidas... Com folga", acrescentou Cabello, vice-presidente do PSUV.

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Maduro, um ex-motorista de ônibus de 55 anos, enfrenta uma impopularidade de 70%, segundo o instituto de pesquisas Delphos, pois parte da população o associa com a hiperinflação - projetada em 13 mil % pelo FMI para 2018 - e a grave escassez de alimentos e medicamentos.

A governista Assembleia Nacional Constituinte, que rege o país com poderes absolutos, decidiu em 23 de janeiro antecipar as eleições para o primeiro quadrimestre do ano - tradicionalmente são celebradas em dezembro -, embora não haja uma data precisa.

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Assim que a Constituinte anunciou a antecipação do pleito, Maduro iniciou sua campanha, enquanto a decisão deixou desorientada a oposição, que sofre divisões e ainda não decidiu se disputará primárias ou elegerá um candidato único por consenso. /REUTERS

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