Maduro pede encontro com Trump em entrevista transmitida em canal de TV dos EUA

O líder chavista quer um encontro "cara a cara" com o republicano para falar sobre a política externa americana e fazer negociações; governo americano não reconhece o segundo mandato do venezuelano

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Por Redação

MIAMI - Em mensagem ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o venezuelano Nicolás Maduro disse na noite de quinta-feira 17 que seu governo é composto por "gente com quem se pode falar e negociar", abrindo a porta para um diálogo com o americano. A fala do presidente da Venezuela foi transmitida em entrevista divulgada pela rede de televisão americana Univisión.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, passa por fotografia de Hugo Chávez, na Assembleia Constituinte Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

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"Sei que somos pessoas muito diferentes, presidente Trump. Somos países diferentes, mas estamos no mesmo hemisfério (...) e, cedo ou tarde, seremos obrigados a falar, a nos entender", afirmou Maduro em um trecho da entrevista à jornalista María Elvira Salazar, na Venezuela. 

"Tomara que haja a oportunidade de um diálogo franco, direto, cara a cara, para que você veja que não é o que dizem a você nos informes, que nós somos de verdade e somos gente com quem se pode falar e negociar, entender e concordar. Essa seria a mensagem que eu gostaria de transmitir ao presidente Donald Trump", acrescentou. Em 10 de janeiro, o presidente venezuelano assumiu um segundo mandato de seis anos não reconhecido pela oposição e por vários países.

"Tenho uma visão de que você herdou erros das administrações anteriores, incluindo o governo Obama, erros na política externa para a América Latina, e que há uma ideologização da política externa americana contra a Venezuela", acrescentou Maduro na mesma mensagem. "Podemos falar de todos esses temas", continuou, estendendo o convite ao secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para que vá à Venezuela. 

Nos últimos dias, em diferentes oportunidades, Washington deu seu "firme apoio" à Assembleia Nacional, considerada pelos Estados Unidos como "único corpo democrático legítimo" na Venezuela, nas palavras do vice-presidente Mike Pence. / AFP

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