Maduro pede que opositores sejam fiadores de libertações de políticos presos
Presidente propôs um processo de "pacificação" que leve à "libertação de muitos atores" políticos
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Por Redação
CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs nesta segunda-feira a um grupo de opositores que sejam "fiadores democráticos" de um processo de "pacificação" que leve à "libertação de muitos atores" políticos, presos aparentemente por estarem vinculados com protestos que terminaram com incidentes violentos. "Governadores da oposição, eu lhes chamo e publicamente lhes proponho que se transformem em fiadores democráticos e fiadores de um processo de pacificação, que leve à libertação de muitos atores políticos vinculados à violência", disse Maduro em um ato televisionado no Conselho Federal de Governo, instância que agrupa vários níveis do Executivo.
PUBLICIDADE
Até o momento não há uma resposta dos opositores à proposta, ou os nomes de quem pode ser libertado nos próximos dias.
+ Cédula para eleições na Venezuela terá 10 faces de Maduro O presidente venezuelano indicou no final da semana passada que daria um "novo começo" ao seu governo depois do seu triunfo por uma ampla margem de votos nos pleitos do último dia 20 de maio, que não foram reconhecidos pela oposição e por parte da comunidade internacional. Nesse sentido, o governo venezuelano mostrou gestos de reconciliação após a libertação na sexta-feira passada de pelo menos 20 pessoas consideradas como "presos políticos" por várias ONGs do país. "Nos próximos dias vou me atrever a tomar decisões nesse sentido, nessa direção", acrescentou Maduro, que condicionou as libertações à assinatura de um compromisso "por escrito". "Estabelecer que esses atores políticos para os que solicitei medidas de benefício e liberdade se comprometam por escrito, de palavra e de ação, a não voltar à conspiração, ao complô, ao golpe de Estado", explicou. A proposta de Maduro foi feita depois do motim que ocorreu há duas semanas nas celas da sede em Caracas do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), no qual os detentos, considerados "presos políticos" pela oposição, denunciaram violação de direitos humanos e atraso processual. Segundo o Fórum Penal, que defende a maioria dos acusados nestes casos, há cerca de 350 "presos políticos" no país. / EFE
A imigração venezuelana para o Brasil em 20 fotos
1 / 20A imigração venezuelana para o Brasil em 20 fotos
Roraima
Cerca de 40 mil imigrantes vivem atualmente em Boa Vista, capital de Roraima. Em um ano, chegada de venezuelanos aumentou em 10% a população da cidade... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Travessia
Cerca de 700 imigrantes fazem fila diariamente na fronteira da Venezuela com o Brasil, próximo ao município de Pacaraima, em Roraima Foto: Werther Santana/Estadão
Caminho
Após atravessarem a fronteira, muitos venezuelanos caminham por dias pela estrada até a chegada em Boa Vista. Foto: Werther Santana/Estadão
Carona
Na foto, a família de Francisco da Encarnación tenta conseguir uma carona pela BR-174 atéBoa Vista Foto: Werther Santana/Estadão
Abrigo
Os cinco abrigos de Boa Vista estão superlotados. Na foto, o abrigo do bairro Pintolândia, no qualimigrantes vivem dentrode um ginásio e em tendas no ... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Descanso
Nos abrigos, imigrantes dormem em colchões dispostos no chão ou em redes improvisadas Foto: Werther Santana/Estadão
Rotina
Na foto, imigrantes penduram roupas em ginásio transformado em abrigo pela Defesa Civil de Roraima Foto: Werther Santana/Estadão
Em praças
Com os abrigos lotados, imigrantes montaram barracas improvisadas nas praças, mas não contaram com a ajuda do poder público. Na Praça Simon Bolívar, p... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Falta de estrutura
Comércio no entorno de praça cobra R$ 3 para venezuelanos utilizarem banheiros. Sem alternativa, muitos procuram matagais próximos para urinar e defec... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Superlotação
Dentre os abrigos,a pior situação é a do localizado no bairro Pintolândia, que acolhe apenas venezuelanos indígenas. O local tem capacidade para 370 p... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Refeições
Na foto, venezuelanos esperam na fila para receber comida noGinásioTranquedo Neves, transformado em abrigo pela Defesa Civil em Boa Vista Foto: Werther Santana/Estadão
Refeições com sobras
Com a chegada de mais refugiados à cidade e a falta de vagas em abrigos, os que vivem em praças começaram a buscar alternativas para comer. Inicialmen... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Fechamento de fronteira
A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), se encontrou na quinta-feira com a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), relatora da aç... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Higiene
Venezuelanos acampados em praça de Boa Vista andam mais de dois quilômetros até o Rio Branco para tomar banho ou lavar roupas. Foto: Werther Santana/Estadão
Comércio improvisado
Ruas do entorno do abrigo Tancredo Neves viraram uma espécie de feira ao ar livre de venezuelanos, com venda de alimentos e cigarros e prestação de se... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Trabalho
O trabalho autônomo foi a opção encontrada por imigrantes que não conseguem emprego na capital de Roraima. Alguns vendem os poucos itens que trouxeram... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Precarização
Outra mudança no mercado de trabalho de Boa Vista trazida pela imigração foi a redução no valor das diárias pagas a profissionais autônomos. Com muita... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Nas ruas
Venezuelanos trabalham nos faróis lavando os retrovisores de carros para ganhar trocados em Boa Vista Foto: Werther Santana/Estadão
Prostituição
Moradores contam que a presença de garotas de programa nas calçadas se intensificou com o aumento da imigração venezuelana na cidade. Antes, dizem ele... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Violência
Com o aumento da população, Boa Vista viu o número de ocorrências criminais dobrar. Mas apenas 0,5% dos crimes foi cometido por venezuelanos, segundo ... Foto: Werther Santana/EstadãoMais