Maduro presta solidariedade a Lula por tentativa de golpe e diz que Venezuela vive ‘o mesmo’

Ditador venezuelano comentou relatório da Polícia Federal durante seu programa semanal e pediu que o Brasil ‘cuide do seu presidente’, chamando Lula de ‘grande homem’ após meses de rusgas entre os mandatários

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Por Redação

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou nesta segunda-feira, 2, sua solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante dos “planos macabros” que buscavam impedir sua posse em 2022, após a Polícia Federal apontar o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe de Estado.

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“Toda solidariedade ao presidente Lula até que sejam descobertos esses planos violentos e macabros contra ele”, disse Maduro durante seu programa de televisão, comentando o relatório da Polícia Federal (PF) divulgado na semana passada.

“Peço ao povo do Brasil que cuide do seu presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é um grande homem”, continuou o mandatário venezuelano, que nos últimos meses teve rusgas com o Brasil, depois que o presidente brasileiro não reconheceu sua vitória nas eleições de julho. “Entendo perfeitamente essas notícias que chegam do Brasil, porque aqui somos vítimas do mesmo”, acrescentou Maduro.

Maduro manifestou solidariedade a Lula após PF revelar planos de tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022. Foto: Pedro Rances Mattey/AFP

Venezuela e Brasil mantiveram relações tensas durante semanas, especialmente diante dos apelos de Lula para a publicação das atas das eleições de 28 de julho, nas quais Maduro foi declarado reeleito para um terceiro mandato de seis anos (2025-2031), em meio a denúncias de fraude feitas pela oposição.

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As tensões aumentaram quando o Brasil vetou a entrada da Venezuela nos Brics durante a cúpula do bloco em Kazan, Rússia, em outubro.

No entanto, em novembro, Lula afirmou em uma entrevista televisiva que Maduro era um “problema” da Venezuela e não do Brasil, uma declaração que o presidente venezuelano recebeu de forma positiva, afirmando estar “de acordo” com o colega brasileiro./AFP.

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