Mais da metade das crianças na Ucrânia foram deslocadas em um mês de guerra, diz ONU

Mais de 4 milhões de crianças precisaram deixar suas casas desde o início da invasão pela Rússia; este é o maior número de menores deslocados desde a Segunda Guerra Mundial

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Por Redação
Atualização:

GENEBRA - O ataque da Rússia à Ucrânia tirou mais da metade das crianças do país de suas casas, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta quinta-feira, 24, Segundo a agência da ONU, este é um dos maiores deslocamentos de crianças desde a Segunda Guerra Mundial.

Cerca de 4,3 milhões de crianças ucranianas, de uma população total estimada de 7,5 milhões, foram deslocadas pelo conflito em um mês, disse a Unicef. Isso inclui 1,8 milhão de crianças que se refugiaram em países vizinhos e mais de 2,5 milhões que estão em abrigo temporário dentro do país.

Refugiados ucranianos chegando à Suíça em 22 de março Foto: FABRICE COFFRINI / AFP

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Monitores das Nações Unidas na Ucrânia relataram que 81 crianças foram mortas desde o início da invasão da Rússia e 104 ficaram feridas. Mas eles enfatizam que sua avaliação de baixas civis é defasada e que o número real será muito maior.

“Este é um marco sombrio que pode ter consequências duradouras para as próximas gerações”, disse Catherine Russell, diretora da Unicef, em comunicado. “A segurança das crianças, o bem-estar e o acesso a serviços essenciais estão ameaçados por uma violência terrível e ininterrupta.”

Refugiados ucranianos acomodados em um ginásio de esportes na Alemanha em 24 de março Foto: CHRISTOF STACHE / AFP

“A guerra provocou um dos maiores e mais rápidos deslocamentos de crianças desde a Segunda Guerra Mundial”, completou a diretora.

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A Organização Mundial da Saúde registrou 64 ataques a instalações de saúde no conflito, disse seu diretor, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na quarta-feira, 23, acrescentando que está verificando relatos de novos ataques.

As Nações Unidas dizem que cerca de 1,4 milhão de pessoas na Ucrânia não têm acesso a água potável e 4,6 milhões de pessoas têm acesso limitado à água ou correm o risco de serem cortadas. Também informa que mais de 450.000 crianças com idades entre 6 meses e 23 meses precisam de apoio alimentar complementar./AFP e NYT

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