Mais de 25 mil mulheres e crianças morreram na guerra em Gaza, diz primeira estimativa dos EUA

Em paralelo, o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que o número total de mortos ultrapassou a marca de 30 mil

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Por Redação
Atualização:

Mais de 25 mil mulheres e crianças palestinas morreram na ofensiva militar de Israel em Gaza, informou nesta quinta-feira, 29, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin. É a primeira vez desde o início da guerra que a Casa Branca apresenta uma estimativa de vítimas no enclave.

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“São mais de 25.000″, disse Austin ao comitê legislativo em Washington, que pediu um número de mulheres e crianças mortas na guerra, iniciada em 7 de outubro após o ataque do grupo terrorista Hamas, que matou 1,2 mil pessoas.

Em paralelo, o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou nesta quinta que o número total de mortos ultrapassou a marca de 30 mil. O órgão não distingue entre civis e combatentes, mas vinha estimando que 70% das vítimas seriam mulheres e crianças.

Palestinos buscam nos escombros de prédio destruído por ataque aéreo de Israel, Gaza, 29 de fevereiro Foto: AP / Adel Hana

O drama humanitário na Faixa de Gaza aumenta a pressão sobre o presidente americano Joe Biden, que tenta costurar um cessar-fogo. O democrata esperava anunciar o acordo até a próxima segunda-feira, mas admitiu que isso provavelmente não vai acontecer e reconheceu que a morte de dezenas de palestinos na fila por ajuda humanitária deve complicar as negociações.

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“Estamos verificando isso agora mesmo. Há duas versões contraditórias do que aconteceu, ainda não tenho uma resposta”, disse Biden a jornalistas.

O Hamas acusa Israel de abrir fogo contra palestinos que esperavam por ajuda humanitária na Cidade de Gaza. De acordo com o ministério da Saúde local, mais de 100 pessoas morreram. Tel-Aviv, por sua vez, reconhece que as suas tropas atiraram contra os palestinos, mas afirma que só fizeram isso depois que uma multidão se aproximou de forma ameaçadora e atribuiu as mortes à confusão.

Discordâncias entre EUA e Israel

Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel e já vetaram três resoluções por cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU. Apesar do apoio, Washington tem pressionado pela redução da morte de civis e já expressou publicamente as discordâncias com Tel-Aviv.

A Casa Branca defende a solução de dois Estados e sugere que a Autoridade Palestina - hoje no governo da Cisjordânia ocupada - seja fortalecida para assumir também a Faixa de Gaza no futuro pós-guerra. Israel é contra e apresentou na semana passada um plano que prevê o controle militar israelense no enclave depois do conflito, enquanto a administração civil ficaria nas mãos dos palestinos sem vínculos com o Hamas.

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Outro ponto de atrito é a anunciada operação em Rafah, cidade que abriga mais de 1 milhão de palestinos deslocados pelo conflito. Biden já disse ao primeiro-ministro Binyamin Netanyahu que a incursão terrestre não deve ocorrer sem um plano para proteger os civis.

Além da pressão do presidente, a diplomacia americana apresentou no Conselho de Segurança da ONU um rascunho de resolução que pede cessar-fogo temporário e alerta contra a operação em Rafah. O texto ainda não foi votado. A prioridade americana no momento é o acordo que vem sendo costurado há meses e que, segundo os EUA, é a melhor alternativa para garantir a pausa nos combates./COM AFP

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