A polícia da Malásia pedirá ajuda da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para localizar uma comediante que fez uma piada sobre o voo MH370, da Malaysian Airlines, que desapareceu em março de 2014 com 239 pessoas a bordo. Nascida nos Estados Unidos, mas criada em Singapura, Jocelyn Chia zombou do caso durante um show de stand-up em Nova York.
Em um vídeo do monólogo que viralizou nas redes sociais, intitulado “Singapura versus Malásia”, Jocelyn faz piadas sobre a rivalidade entre a cidade-estado asiática e a sua vizinha Malásia. “Quando meu primeiro-ministro saiu na televisão para anunciar que nos expulsou (a Malásia forçou a independência de Singapura em 9 de agosto de 1965), ele chorou porque pensou que não sobreviveríamos sem eles”, comentou. “Mas, 40 anos depois, nos convertemos em um país de primeiro mundo. E você, Malásia? Ainda é um país em desenvolvimento”. A comediante acrescentou: “Agora, Malásia, você está tentando se aproximar e perguntamos, por que você não nos visita há 40 anos? Ao que a Malásia responde: “Sim, tentamos, mas nossos aviões não podem voar.”
O inspetor geral da polícia da Malásia, Acryl Sani Abdullah, afirmou que enviaria, nesta terça-feira, 13, a solicitação para a Interpol para obter mais informações sobre a comediante Jocelyn Chia e seu paradeiro, segundo a agência de notícias local Bernama. No sábado, o ministro de Interiores do país asiático, Datuk Seri Saifuddin Nasution Ismail, descreveu os comentários de Jocelyn como “insensíveis e ofensivos”.
O voo MH370 da companhia aérea Malaysia Airlines desapareceu em 8 de março de 2014, 40 minutos depois de decolar em Kuala Lumpur rumo a Pequim, sem que ainda se saiba se foi um acidente, ato terrorista ou suicídio de um passageiro ou tripulante. Até o momento, estão disponíveis cerca de 30 peças que foram recuperadas em praias do Oceano Índico, na Ilha da Reunião, Moçambique, Maurício, África do Sul e Zanzibar e que pertencem ao avião desaparecido. Outras sete peças, incluindo partes do interior da cabine, são “quase certamente” e mais oito “com alta probabilidade” relacionadas ao caso./EFE
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