Protestos pela morte de George Floyd se espalham pelos EUA e deixam 2 mortos

Um homem foi morto em Detroit e um policial não resistiu a ferimentos em Oakland, durante atos violentos; centenas de manifestantes foram presos

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Por Redação
Atualização:

Centenas de manifestantes realizaram na madrugada deste sábado, 30, protestos que já atingem ao menos 17 estados americanos. Os atos violentos deixaram duas pessoas mortas - um homem, de 19 anos, em Detroit e um policial em Oakland - , entre a noite de sexta-feira, 29, e a manhã deste sábado. Desde o início da semana, acontecem manifestações contra a violência policial e a morte de George Floyd, um homem negro asfixiado por um policial branco durante uma abordagem em Minneapolis, na segunda-feira, 25. Durante confrontos em diversas cidades americanas, manifestantes foram presos e policias ficaram feridos. 

Policiais tentam conter manifestantes em atos contra a morte deGeorge Floyd Foto: Reuters

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Na noite de sexta-feira aconteceram manifestações em frente à Casa Branca, em Washington. O presidente Donald Trump estava na sede do Executivo americano durante o protesto, que começou em um parque em frente ao edifício, onde algumas de dezenas de agentes do serviço secreto enfileiraram barricadas.  

Em frente à sede do governo dos Estados Unidos, os manifestantes levavam cartazes com dizeres como "Parem de nos matar" e pediam justiça para George Floyd, morto quando estava algemado e desarmado. 

Confrontos do lado de fora da Casa Branca foram desviados e os manifestantes seguiram caminhando pelas ruas de Washington até o Capitólio, sede do Congresso.

Manifestantes protestam contra assassinato de George Floyd nas proximidades da Casa Branca, em Washington Foto: Nicholas Kamm/AFP

A violenta prisão e morte de Floyd, flagrada em um vídeo que viralizou na internet, reabriu feridas profundas em um país marcado pela desigualdade racial.

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A prisão e a denúncia por homicídio culposo contra Derek Chauvin, o policial de Minneapolis que pressionou o pescoço de Floyd, aparentemente não foram suficientes para conter a revolta em Minneapolis, sacudida há três dias por atos violentos que destruíram partes da cidade.

Protestos se espalham por diversas partes dos Estados Unidos durante a madrugada deste sábado Foto: AFP

Os manifestantes permaneciam nas ruas da cidade na noite desta sexta-feira, desafiando o toque de recolher, decretado às 20h locais (22h de Brasília). Cerca de 50 deles já foram presos até o momento.

Segundo a CNN americana, protestos foram registrados em ao menos trinta cidades. Entre elas, Nova York, Washington, Oakland, Houston, Atlanta, Kansas, Detroit, Las Vegas, Denver, San José e Memphis, Boston, Phoenix, Fort Wayne, Lincoln, Milwaukee e Chicago. 

Manifestantes quebraram lojas e incendiaram lixeiras em Oakland, na Califórnia, na madrugada deste sábado Foto: Reuters

O governador da Georgia declarou estado de emergência no início deste sábado para ativar a Guarda Nacional do estado, quando a violência explodiu em Atlanta e nas cidades de todo o país após a morte em George Floyd, no Minnesota. 

Brian Kemp, twittou que até 500 membros da Guarda seriam enviados imediatamente para proteger pessoas e propriedades em Atlanta. 

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Ele disse que agiu a pedido da prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, que anteriormente apelou em vão por calma.

Outros 700 soldados da Guarda foram mobilizados em Minneapolis e nos arredores, onde Floyd morreu e um oficial foi acusado na sexta-feira de sua morte. Mas, depois de mais uma noite vendo os incêndios queimarem e as empresas saquearem, o governador de Minnesota, Tim Walz, disse neste sábado que estava se movendo para ativar mais de mil pessoas e estava considerando ajuda federal. A Guarda Nacional de Minnessota confirmou que a solicitação foi atendida.

A Guarda também estava de prontidão no Distrito de Columbia, onde uma multidão cresceu do lado de fora da Casa Branca e cantou xingamentos ao presidente Donald Trump. Alguns manifestantes tentaram ultrapassar as barreiras estabelecidas pelo Serviço Secreto dos EUA ao longo da Avenida Pennsylvania e jogaram garrafas e outros objetos em policiais usando equipamento anti-motim, que responderam com spray de pimenta. 

Protestos violentos atingem os Estados Unidos após a morte de George Floyd Foto: AFP

De acordo com a CNN americana, policiais em Detroit e Houston precisaram ser hospitalizados após confronto com os manifestantes.

Ainda segundo a emissora, em Detroit, um policial foi levado ao hospital depois de ser atingido por uma pedra lançada por manifestantes, de acordo com o chefe de polícia da cidade, James Craig. Outro policial estava de bicicleta quando uma pessoa, que foi presa, tentou atropelá-lo.

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Até agora, a polícia de Detroit fez nove prisões - sete das quais são de fora da cidade, disse Craig. Ele acrescentou que vários carros da corporação foram danificados.

Além disso, um homem de 19 anos foi morto após disparos no centro da cidade contra uma multidão de manifestantes pouco antes da meia-noite. A polícia disse que os tiros foram disparados por um suspeito desconhecido, mas não confirmaram se a vítima fazia parte dos protestos. 

Quase 200 pessoas foram presas em Houston, após os protestos da noite de sexta-feira.

Protesto na cidade de Detroit, Michigan, contra a morte de George Floyd Foto: AFP

Dois oficiais do Serviço Federal de Proteção também foram atingidos por tiros em meio aos protestos na noite passada em Oakland, Califórnia, informou a polícia. Um dos policiais não resistiu aos ferimentos.

Em Portland, Oregon, manifestantes invadiram a sede da polícia e as autoridades disseram que acenderam um incêndio dentro. A prefeitura declarou estado de emergência com toque de recolher entre a noite e manhã deste sábado.

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Na capital da Virgínia, um carro da polícia foi incendiado do lado de fora da sede da polícia de Richmond e uma porta-voz do trânsito da cidade disse que um ônibus em chamas era uma perda total. 

A cidade de Phoenix também registrou protestos na noite de sexta-feira, após a morte de George Floyd. As manifestações também continuaram no início da manhã deste sábado em Lincoln, Nebraska, segundo a polícia. / AFP

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