Manifestantes pró-Palestina são presos em universidades dos EUA após confrontos com policiais

Confrontos mais violentos foram registrados em Atlanta, onde policiais imobilizaram estudantes no chão; em Boston, 108 pessoas foram presas

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Por Redação
Atualização:

As manifestações pró-Palestina continuam a se espalhar em universidades de todo os Estados Unidos, à medida que manifestantes e policiais entram em confronto em diferentes cidades. Os confrontos mais violentos foram registrados em Atlanta, onde policiais entraram no campus da Universidade Emory para dispersar um acampamento estudantil, e em Emerson College em Boston, onde 108 pessoas foram presas nesta quinta-feira, 25, e quatro policial ficaram feridos.

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Detenções também foram realizadas pela polícia na Universidade do Sul da Califórnia e na Universidade do Texas, em Austin, em um esforço dos diretores das instituições para evitar que os estudantes repitam os protestos realizados na Universidade de Columbia, onde foram montados acampamentos que alteraram a vida do campus. Os manifestantes, entre eles judeus contrários à guerra na Faixa de Gaza, são acusados em alguns casos de antissemitismo por estudantes e professores.

A principal demanda dos universitários é o fim do financiamento e projetos das instituições com empresas que estão envolvidas com Israel e a guerra na Faixa de Gaza, de fabricantes de armas a empresas de tecnologia como o Google e o Airbnb, que permite anúncios em assentamentos israelenses na Cisjordânia. Até agora, as universidades rejeitam desinvestir.

Policia grita para que manifestantes se retirem em manifestação pró-Palestina na Universidade do Texas, em imagem da quarta-feira, 25. Protestos se espalham no país após movimento na Universidade de Columbia Foto: Mikala Compton/AP

Em Atlanta, os policiais dispersaram um acampamento na Universidade Emory na manhã desta quinta e entraram em confronto com manifestantes para esvaziar a área. De acordo com o jornal da universidade, os policias usaram gás de pimenta e prenderam alguns manifestantes. Nas redes, vídeos não verificados de forma independente pela imprensa mostram policiais imobilizando pessoas no chão com o uso de teaser, enquanto pessoas gritam em volta.

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O porta-voz do Departamento de Polícia de Atlanta, Anthony Grant, disse que os policiais estavam “fornecendo apoio e assistência” a pedido da polícia universitária. A porta-voz da universidade, Laura Diamond, justificou que parte dos manifestantes não eram estudantes e “invadiram” o campus. Nenhum dos dois respondeu sobre as táticas utilizadas para a dispersão.

Em Boston, a polícia agiu para dispersar um protesto liderado por estudantes do Emerson College do lado de fora do State Transportation Building e entraram em confronto com estudantes que formaram um muro humano e ergueram guarda-chuvas para impedir a ação policial, de acordo com imagens de vídeo do local. Um total de 108 prisões foram feitas, e quatro policiais ficaram feridos, segundo o departamento de polícia. O departamento também informou que não há relatos de feridos entre os manifestantes detidos.

Imagens do local em Boston mostram pessoas gritando enquanto a polícia retira os estudantes ou os empurra para o chão. O grupo Emerson Students for Justice in Palestine acusou a polícia de “bater” em que estavam no protesto. Até o momento, a instituição não se pronunciou.

Manifestante segura cartaz escrito "Judeus pelo Cessar-Fogo" durante um protesto contra a guerra em Gaza na Universidade Emory, em Atlanta, nesta quinta-feira. Judeus contrários à guerra se somam a protestos nos EUA Foto: Elijah Nouvelage/AFP

Os casos repetiram o que aconteceu em outras universidades americanas esta semana. Ao todo, mais de 400 pessoas que eram parte das manifestações foram detidas desde 18 de abril, mas não está claro quantas são estudantes. Na Universidade da Columbia, onde os protestos começaram mais de 100 pessoas foram detidas.

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Apesar da ação policial, os protestos se espalham pelas universidades americanas. Enquanto as universidades tentam contê-los, alguns políticos pedem ao governo americano medidas mais fortes. O presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, disse que o presidente dos EUA, Joe Biden, deveria considera o uso da força militar para dispersar os manifestantes.

As universidades com protestos suspenderam os estudantes, sob pressão dos políticos mais contrários e de doadores e ex-alunos que consideram as manifestações antissemitas.

Os ativistas estudantis afirmam que a rejeição aos protestos os dá mais força. Até esta quinta-feira, havia poucos sinais de que o movimento enfraqueceu. /NYT, AP, WP

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