María Corina promete fazer chavismo ‘ceder’ em meio a novos protestos contra reeleição de Maduro

Em manifestação convocada um mês após eleições, opositora disse que é improvável que a pressão internacional sobre ditador cesse e afirmou que Venezuela se tornou ‘uma causa global’

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Por Redação

CARACAS - A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, disse que fará o chavismo “ceder”, após a contestada reeleição de Nicolás Maduro. A opositora voltou a aparecer em público, nesta quarta-feira, 28, para participar de uma manifestação convocada exatamente um mês após as eleições nas quais garante que seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o vencedor.

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“Disseram que o regime não vai ceder, sabem que nós vamos fazê-lo ceder, e ceder significa respeitar a vontade expressa em 28 de julho”, declarou María Corina. “Este protesto não pode ser detido”, acrescentou.

Reconhecendo o desafio de forçar Maduro a deixar o poder, María Corina disse que o movimento que ela lidera será estratégico em relação à convocação de outras manifestações. Mas ela disse que é improvável que a pressão internacional sobre Maduro cesse tão cedo e ressaltou que nem uma única democracia ocidental reconheceu o que ela chamou de “fraude” de Maduro.

“Aqueles que dizem que a passagem do tempo favorece Maduro estão errados”, disse a opositora para apoiadores que lotaram uma avenida em Caracas. “A cada dia ele está mais isolado, mais tóxico.”

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“Precisamos refletir sobre o que fizemos neste mês, é uma etapa difícil e nós sabíamos disso, sabíamos o que estava por vir”, afirmou. “Conseguimos transformar a causa pela liberdade da Venezuela em uma causa mundial, uma causa global”.

Desde a semana após o anúncio do resultado das eleições, María Corina tem vivido a maior parte do tempo escondida. Não há ordem de prisão contra a líder opositora, embora Maduro tenha solicitado que ela e González sejam presos. María Corina disse temer por sua vida, ainda que tenha participado de outras manifestações.

María Corina Machado liderou o protesto convocado para esta quarta-feira, 28, exatamente um mês após as eleições que proclamaram a reeleição de Maduro sob acusações de fraude. Foto: AP Photo/Ariana Cubillos

Este é o quarto ato contra a proclamação de Maduro para um terceiro mandato de seis anos, até 2031, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e ratificada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), ambos ligados ao chavismo.

O protesto desta quarta-feira foi menor do que as manifestações anteriores. Pequenos grupos de venezuelanos também se reuniram em outras capitais da América Latina.

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Para não ficar para trás, os partidários de Maduro também planejaram realizar comícios nesta quarta-feira, prometendo “defender” a vitória de Maduro contra o que eles afirmam ser uma tentativa de semear a agitação em todo o país sul-americano.

Em meio à crise atual, Maduro tem se apoiado fortemente nas forças de segurança para preservar seu poder. Na terça-feira, ele nomeou um chefe do partido governista de linha dura como ministro do Interior, com supervisão das forças policiais./AFP e AP.

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