Melania Trump, a primeira-dama discreta e alvo de críticas

Terceira esposa do presidente dos Estados Unidos, ex-modelo permanece em grande parte um enigma

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Por Redação

Melania Trump foi criticada por suas palavras e por suas roupas. E, embora muitas vezes pareça pouco encantada com a vida na Casa Branca, a eslovena de 50 anos, a primeira em sua posição a ter nascido no exterior em dois séculos, pode estender sua permanência na mansão presidencial por mais quatro anos na próxima semana. 

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Terceira esposa do presidente dos Estados Unidos, Melania é uma ex-modelo de olhos deslumbrantes que tem sido uma fonte discreta de apoio ao líder republicano, geralmente fora das câmeras.

Em um livro publicado no ano passado, a repórter da CNN Kate Bennett afirmou que a primeira-dama é "muito mais poderosa e influente com o marido" do que o público imagina.

Em 2018, ela pediu abertamente a demissão de um conselheiro sênior do presidente. Isso foi feito. Mas Melania permanece em grande parte um enigma - pelo menos em termos políticos.

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Terceira esposa do presidente dos Estados Unidos, Melania é uma ex-modelo de olhos deslumbrantes que tem sido uma fonte discreta de apoio ao líder republicano Foto: Brendan Smialowski/AFP

Quando ela se colocou intencionalmente no centro das atenções, recebeu críticas. Sua campanha contra o bullying, Be Best, não foi bem recebida. 

Nem mesmo suas escolhas de moda foram aprovadas, gerando uma longa série de comentários e especulações.

"As primeiras-damas enfrentam o tremendo desafio de fazer um trabalho sem uma descrição de cargo e enfrentando críticas públicas quase constantes", avalia Kate Andersen Brower, autora de "Primeiras-mulheres: a graça e o poder das primeiras-damas modernas Estados Unidos (em tradução livre).

"Elas nunca conseguem agradar a todos ao mesmo tempo, e algumas primeiras-damas, como Melania, lutam mais do que outras", completa.

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Vida de luxos

Melanija Knavs, seu nome de batismo, nasceu em abril de 1970 na Eslovênia, então parte da Iugoslávia. Sua mãe trabalhava na indústria da moda, e seu pai era vendedor de carros.

Ela estudou design e arquitetura antes de partir para Milão e Paris para iniciar sua carreira de modelo. Isso a levou aos Estados Unidos em 1996, onde dois anos depois conheceu Trump.

A primeira-dama disse que se tornar cidadã americana em 2006 foi "o maior privilégio do planeta Terra".

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Na verdade, sua experiência americana é verdadeiramente um privilégio: uma vida de jet-set, situada entre um luxuoso apartamento em Nova York, na Trump Tower, e residências na Flórida.

No início, Melania não pareceu concordar com as aspirações presidenciais do marido. "Ela disse: 'Temos uma vida tão boa. Por que você quer fazer isso?'", contou o presidente ao jornal The Washington Post.

Em uma viagem à fronteira EUA-México para visitar crianças migrantes, Melania usou uma jaqueta com a frase "Eu realmente não me importo" Foto: Mandel Ngan/AFP

Melania acabou se tornando a primeira primeira-dama americana estrangeira desde Louisa Adams, esposa inglesa de John Quincy Adams, que foi presidente entre 1825 e 1829.

Estilo questionado

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Donald Trump entrou na Casa Branca em janeiro de 2017, mas Melania e seu filho Barron se juntaram a ele somente em junho, depois que o então estudante de 11 anos completou seu ano escolar.

"Estamos ansiosos pelas memórias que criaremos em nossa nova casa! #Movingday", escreveu Melania no Twitter na época.

Em Washington, entretanto, ela rapidamente sentiu a dureza da cena política.

Foi criticada por usar sapatos de salto agulha em agosto de 2017 para visitar um Texas devastado pela tempestade e por calçar tênis antes de sair do avião.

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Voltou ao centro das atenções em uma viagem de junho de 2018 à fronteira EUA-México para visitar crianças migrantes, por usar uma jaqueta com a frase "Eu realmente não me importo". 

Ela estaria criticando o marido? Os meios de comunicação? Sua enteada Ivanka? Ou apenas vestindo uma jaqueta que gostou? Nada disso importava e as manchetes negativas persistiam. 

Tampouco ajudou usar um chapéu branco de estilo colonial durante um safári no Quênia, alguns meses depois.

Para a professora de história da Universidade de Ohio, Katherine Jellison, Melania Trump poderia melhorar sua imagem se "fizesse mais aparições públicas e desse mais entrevistas, mas, é claro, escolhendo suas palavras e seu guarda-roupa com cuidado".

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O presidente dos EUA, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump Foto: Brendan Smialowski / AFP

"Popular"

Sua principal força como primeira-dama tem sido sua habilidade de projetar calma e compaixão, ao contrário de seu marido, em assuntos como covid-19 e tensões raciais.

Embora ela tenha estado amplamente ausente da campanha eleitoral este ano, em parte devido ao coronavírus que a afetou pessoalmente, seu discurso na convenção de nomeação republicana em agosto foi elogiado. 

"Toda vez que ele precisa dela para uma grande demonstração de apoio, ela aparece", disse Jellison.

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Brower observa que Melania é "extraordinariamente popular" entre a base política de seu marido.

"Donald é um lutador. Ele ama este país e luta por você todos os dias", disse ela na terça-feira em um comício de campanha no estado da Pensilvânia, seu primeiro evento sozinha em 2020. 

O que Melania faria por mais quatro anos na Casa Branca? Brower prevê que ela adotaria um perfil ainda mais discreto.

"Ela é uma pessoa muito reservada. E, embora eu acredite que continuaremos vendo seu trabalho para ajudar as pessoas com dependência de opioides e as tarefas mais tradicionais da primeira-dama, vamos vê-la menos na cena pública", arrisca. /AFP

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