A chanceler alemã, Angela Merkel, convidou oficialmente nesta segunda-feira os social-democratas a dialogar para formar um “governo estável” na Alemanha, a fim de abordar os desafios que o país tem que enfrentar e dar resposta também às “grandes expectativas” da União Europeia (UE).
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Em entrevista coletiva na sede da União Democrata-Cristã (CDU) depois da reunião da executiva federal do partido, Merkel reiterou que sua legenda segue disposta a assumir sua responsabilidade, após fracassar a tentativa de formar um governo com liberais e verdes. “Para nós é importante conseguir a estabilidade no país e ser a âncora dessa estabilidade”, destacou a chanceler.
Segundo sua opinião, essa estabilidade não só é necessária para resolver os problemas dos cidadãos alemães, mas também para enfrentar os desafios da UE, onde o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, e o presidente francês, Emmanuele Macron, fizeram propostas que esperam a resposta de Berlim.
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Sobre as diferenças entre seu partido e os social-democratas sobre o futuro da zona do euro, Merkel lembrou que sempre foram capazes de encontrar soluções, apesar de partir de pontos de vista diferentes. “Perante os conflitos no Oriente médio, a situação com a Rússia e a situação nos Estados Unidos, acredito que é bom que a Alemanha seja operacional”, ressaltou.
Os conservadores chegarão ao diálogo com o Partido Social-Democrata (SPD) com seu programa de governo, como eles farão com o seu, apontou Merkel para lembrar que apostar no sucesso das negociações significa estar disposto a aceitar compromissos.
O seu primeiro encontro terá como mediador o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, que convocou para quinta-feira tanto Merkel quanto Horst Seehofer – presidente do partido conservador bávaro irmanado com a CDU – e o líder social-democrata, Martin Schulz.
Após a decisão dos liberais de romper as negociações para um governo tripartite e perante as reservas dos social-democratas a reeditar a grande coalizão com os conservadores, um jornalista perguntou a Merkel se ela não refletiu sobre a possibilidade de que ela seja o problema para a formação de um novo Executivo.
A chanceler lhe garantiu que reflete sobre tudo e, ironicamente, afirmou que os pais e mães da Constituição seguramente nunca imaginaram que haveria tantos partidos que não quisessem governar. / EFE e AP
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