Migrantes africanos ameaçados de expulsão fazem greve de fome em Israel

Israel planeja expulsar milhares de eritreus e sudaneses que entraram no país de forma irregular e que não possuem pedido de asilo em processo de análise

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TEL-AVIV - Centenas de migrantes africanos iniciaram uma greve de fome na terça-feira, quando Israel realizou as primeiras prisões de expatriados em virtude de um polêmico plano que lhes permite escolher entre deixar o país ou ir à prisão, informou uma ONG nesta quarta-feira.

Israel planeja expulsar milhares de eritreus e sudaneses que entraram no país de forma irregular e que não possuem pedido de asilo em processo de análise. O governo lhes oferece duas opções: partir antes de abril - para o seu país de origem ou para um terceiro - ou ir para a prisão por tempo indeterminado.

Israel fechou sua fronteira com o Egito na cidade de Taba após alerta de possíveis ataques terroristas Foto: EFE

As autoridades transferiram para a prisão sete migrantes eritreus que se recusaram a deixar o país, segundo Adi Drori-Avraham, da Organização de Assistentes a Refugiados e Requerentes de Asilo em Israel.

"Aparentemente, esses sete primeiros migrantes excederam o prazo de um mês dado pelas autoridades para escolher entre expulsão para Ruanda ou prisão", acrescentou. 

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Os 750 migrantes que estão no centro de detenção de Holot iniciaram uma greve de fome na terça-feira à noite, informou Adi Drori-Avraham.

O Ministério do Interior de Israel não confirmou ou negou essas informações.

O governo mantém em segredo o nome do país ou países com os quais teria falado para receber as pessoas expulsas de Israel, mas as ONGs falam principalmente de Ruanda.

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Os migrantes africanos chegaram a Israel especialmente depois de 2007, infiltrando-se através do Sinai egípcio. A fronteira então porosa com o Egito foi fechada quase hermeticamente, o que acabou com as entradas clandestinas. /AFP

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