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Milei promete novamente fechar o Banco Central da Argentina

O fechamento do Banco Central foi uma das principais promessas de campanha do presidente argentino

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Por Redação
Atualização:

BUENOS AIRES – O presidente da Argentina, Javier Milei, voltou a prometer fechar o Banco Central da Argentina (BCRA). Os comentários foram feitos nesta quinta-feira, 11,em entrevista à rádio La Red AM, quando questionado se ainda pretendia dolarizar a economia argentina. “Mais cedo ou mais tarde vamos fechar o Banco Central”, disse.

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Após vencer a eleição, Milei vinha dando sinais de ter abandonado algumas promessas. A decisão de afastar alguns assessores radicais e nomear aliados do ex-presidente Mauricio Macri foi vista como um sinal de moderação.

Na entrevista, porém, o presidente não deu detalhes sobre como fecharia o BCRA. Atualmente, poucos países operam sem um banco central. A lista inclui Panamá, Kiribati, Tuvalu, Andorra, Mônaco, Nauru e Palau. A maioria tem populações pequenas e alguns são paraísos fiscais.

O presidente da Argentina, Javier Milei, em Buenos Aires, 10 de dezembro de 2023.  Foto: Gustavo Garello / AP

À rádio La Red, Milei previu que a inflação de dezembro ficaria abaixo dos 30%, o que seria “um sucesso retumbante” de sua equipe econômica, já que as expectativas eram de 45% – segundo dados divulgados nesta sexta-feira após a entrevista, o índice ficou em 25,5%, fechando o ano em 211,4%, ultrapassando a Venezuela e se tornando a maior inflação da região.

Na entrevista, o presidente também elogiou o acordo fechado com o FMI, na quarta-feira, que concede US$ 4,7 bilhões à Argentina. “Foi a negociação mais rápida da história”, afirmou.

Prédio do Banco Central da Argentina, em Buenos Aires. Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Milei ainda comentou sobre a viagem para o Fórum Econômico Mundial em Davos, na semana que vem. Ele revelou ter recebido mais de 60 convites para reuniões bilaterais durante o encontro. “Estamos trabalhando para transformar a Argentina em uma potência mundial nos próximos 35 anos, com a primeira parte desta melhora visível nos primeiros 15 anos”, disse. /AP

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