Ministro da Defesa da Indonésia declara vitória nas eleições presidenciais

O general indonésio, que ocupou um alto cargo militar no final da ditadura de Suharto há 25 anos, é favorito para assumir a principal economia do Sudeste Asiático

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Por Redação
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JACARTA - O atual ministro da Defesa da Indonésia Prabowo Subianto conhecido pelo passado militar controvertido, reivindicou nesta quarta-feira,14, vitória no primeiro turno” das eleições presidenciais, depois que as primeiras pesquisas lhe deram vantagem.

“Todas as contagens, todas as pesquisas... mostram que (a dupla) Prabowo-Gibran venceu em um único turno. Esta vitória deveria ser uma vitória para todos os indonésios”, declarou o general reformado, em um discurso em um enorme salão de Jacarta, juntamente com Gibran Rakabuming Raka, filho mais velho do atual presidente e candidato a vice-presidente.

O candidato à presidência da Indonésia, Prabowo Subianto, à esquerda, fala com apoiadores e membros de sua equipe de campanha enquanto seu companheiro de chapa Gibran Rakabuming Raka, o filho mais velho do presidente indonésio Joko Widodo, observa em Jacarta, Indonésia, na quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024.  Foto: Vincent Thian / AP

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Embora reivindique a vitória para suceder Joko WidodO, o general reformado disse que esperaria “pelo resultado oficial” da comissão eleitoral. “Acreditamos que a democracia indonésia funciona bem. O povo decidiu”, disse ele à imprensa, antes de pedir unidade do país. “Agora que a campanha acabou, temos que nos unir novamente”, acrescentou.

O general reformado tem 72 e ocupou um alto cargo militar no final da ditadura de Suharto há 25 anos, em meio a acusações de violações de direitos humanos. Ele assumirá as rédeas da principal economia do Sudeste Asiático.

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O ministro da Defesa supera Anies Baswedan, ex-governador de Jacarta, e Ganjar Pranowo, ex-governador de Java Central, nas primeiras projeções. Embora os resultados oficiais só sejam conhecidos em março, os analistas estimam que, segundo as projeções, Subianto não precisará de um segundo turno em junho.

“Depende de quais áreas vêm as projeções, mas com esses números, tenho quase certeza de que não haverá um segundo turno”, disse Justin Hastings, professor de relações internacionais na Universidade de Sydney.

Nas suas quintas eleições desde o fim da ditadura em 1998, quase 205 milhões de pessoas foram chamadas às urnas para eleger o seu novo presidente, deputados e representantes locais.

O candidato presidencial indonésio Prabowo Subianto, no centro, fala com a imprensa durante a eleição em Bojong Koneng, Indonésia, quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024.  Foto: Vincent Thian / AP

Favoritismo

Subianto chegou como claro favorito após uma campanha de retórica populista na qual se comprometeu a seguir as políticas do presidente em fim de mandato Joko Widodo, que não poderia concorrer à reeleição.

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Widodo desfruta de alta popularidade após dois mandatos de crescimento econômico constante, exceto por um breve período na pandemia, e relativa estabilidade política nesta jovem democracia.

Sob sua liderança, a Indonésia iniciou um programa de desenvolvimento e construção de infraestrutura e de nacionalização de recursos para transformar o maior produtor mundial de níquel em um ator-chave na cadeia de abastecimento de veículos elétricos.

“Ele tem experiência militar. Acredito que será um líder determinado”, disse Afhary Firnanda, de 28 anos, que votou em Jacarta, a respeito de Subianto.

Grupos de defesa dos direitos humanos estão preocupados com um retrocesso nas liberdades se o ex-general vencer, acusado de ordenar o sequestro de ativistas nos últimos anos da ditadura de Suharto.

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Subianto foi expulso do Exército em 1998 por esses sequestros, que ele sempre negou e pelos quais nunca foi formalmente acusado.

“Sempre nos preocupamos com seu compromisso com a democracia”, disse Yoes Kenawas, pesquisador da Universidade Católica Atma Jaya, em Jacarta./ AP e AFP

O candidato presidencial indonésio Prabowo Subianto exibe um símbolo de vitória após votar em Bojong Koneng, Indonésia, quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024.  Foto: Vincent Thian / AP
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